Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy deixa sua casa em direção à prisão
Nicolas Sarkozy se tornou o primeiro ex-presidente francês a ser preso nesta terça-feira (21/10), quando começou a cumprir pena de cinco anos por conspirar para financiar sua campanha eleitoral com dinheiro do falecido ditador líbio Muammar Kadhafi.
Desde a prisão por traição do líder colaborador nazista Philippe Pétain, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, nenhum ex-líder francês havia sido preso.
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Sarkozy, que foi presidente da França de 2007 a 2012, entrou com recurso contra sua condenação. Sua pena será cumprida na prisão de La Santé, onde ocupará uma cela de aproximadamente 9 metros quadrados na ala de isolamento da prisão.
Na manhã desta terça-feira, mais de 100 pessoas aguardavam Sarkozy do lado de fora de sua casa no luxuoso 16º distrito de Paris, depois que seu filho Louis, de 28 anos, convocou apoiadores para uma demonstração.
Nicolas Sarkozy, de 70 anos, chegou à famosa prisão do século XIX, no bairro de Montparnasse, ao sul do Rio Sena, às 9h40 do horário local (4h40 no horário de Brasília), cercado por um forte esquema de segurança.
Ele segue insistindo ser inocente no polêmico caso do dinheiro na Líbia. Sarkozy postou uma mensagem na rede social X enquanto era levado para a prisão: “Não tenho dúvidas. A verdade prevalecerá. Mas quão esmagador terá sido o preço”.
“Com força inabalável, digo [ao povo francês] que não é um ex-presidente que eles estão prendendo esta manhã — é um homem inocente”, escreveu ele. “Não sintam pena de mim, porque minha esposa e meus filhos estão ao meu lado… mas esta manhã sinto profunda tristeza por uma França humilhada por um desejo de vingança.”
Sarkozy afirmou que não deseja tratamento especial na prisão de La Santé, embora tenha sido colocado em isolamento para sua própria segurança, já que outros detentos são traficantes de drogas ou foram condenados por crimes de terrorismo.
Além de Philippe Pétain, o único outro ex-chefe de Estado francês a ser preso foi o rei Luís 16, antes de sua execução em janeiro de 1793.
Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy vai para a prisão para começar a cumprir pena de cinco anos
Sarah Meyssonnier/Reuters
Em sua cela, ele terá banheiro, chuveiro, escrivaninha e uma pequena TV. Ele terá direito a uma hora por dia para se exercitar sozinho.
No final da semana passada, ele foi recebido no Palácio do Eliseu pelo presidente Emmanuel Macron, que disse a repórteres na segunda-feira (20/10) que “é normal, em um nível humano, que eu receba um dos meus antecessores nesse contexto”.
Em outra demonstração de apoio oficial ao ex-presidente, o ministro da Justiça, Gérald Darmanin, disse que o visitaria na prisão como parte de seu papel em garantir a segurança de Sarkozy e o bom funcionamento da prisão.
“Não posso ser insensível à angústia de um homem”, disse.
Caso Kadhafi
Justiça francesa condena ex-presidente Sarkozy a 5 anos de prisão por associação criminosa
Antes de sua chegada à prisão de La Santé, Sarkozy concedeu uma série de entrevistas à imprensa.
“Não tenho medo da prisão. Manterei a cabeça erguida, inclusive nos portões da prisão”, disse ele, em uma das entrevistas.
Sarkozy sempre negou ter cometido qualquer crime em um caso envolvendo alegações de que sua campanha presidencial de 2007 foi financiada por milhões de euros em dinheiro da Líbia.
O ex-presidente, que alega que o caso tem motivação política, foi acusado de usar fundos de Kadhafi. Em troca, Sarkozy teria, segundo a promotoria, prometido ajudar Kadhafi a se livrar da reputação de pária junto aos países ocidentais
O ex-líder de centro-direita da França foi inocentado de ter recebido dinheiro pessoalmente, mas foi condenado por associação criminosa com dois assessores próximos, Brice Hortefeux e Claude Guéant, por conversar com representantes líbios sobre o financiamento secreto de sua campanha.
Os dois assessores conversaram com o chefe de inteligência e cunhado de Kadhafi em 2005, em uma reunião organizada por um intermediário franco-libanês chamado Ziad Takieddine, que morreu no Líbano pouco antes da condenação de Sarkozy.
Ao apresentar o recurso, Sarkozy ainda é considerado legalmente inocente, mas ainda assim ele deverá ser preso devido à “excepcional gravidade dos fatos”.
Sarkozy disse que levaria dois livros consigo para a prisão: A Vida de Jesus e O Conde de Monte Cristo, a história de um homem preso injustamente que escapa para se vingar de seus acusadores.
Nicolas Sarkozy se tornou o primeiro ex-presidente francês a ser preso nesta terça-feira (21/10), quando começou a cumprir pena de cinco anos por conspirar para financiar sua campanha eleitoral com dinheiro do falecido ditador líbio Muammar Kadhafi.
Desde a prisão por traição do líder colaborador nazista Philippe Pétain, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, nenhum ex-líder francês havia sido preso.
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Sarkozy, que foi presidente da França de 2007 a 2012, entrou com recurso contra sua condenação. Sua pena será cumprida na prisão de La Santé, onde ocupará uma cela de aproximadamente 9 metros quadrados na ala de isolamento da prisão.
Na manhã desta terça-feira, mais de 100 pessoas aguardavam Sarkozy do lado de fora de sua casa no luxuoso 16º distrito de Paris, depois que seu filho Louis, de 28 anos, convocou apoiadores para uma demonstração.
Nicolas Sarkozy, de 70 anos, chegou à famosa prisão do século XIX, no bairro de Montparnasse, ao sul do Rio Sena, às 9h40 do horário local (4h40 no horário de Brasília), cercado por um forte esquema de segurança.
Ele segue insistindo ser inocente no polêmico caso do dinheiro na Líbia. Sarkozy postou uma mensagem na rede social X enquanto era levado para a prisão: “Não tenho dúvidas. A verdade prevalecerá. Mas quão esmagador terá sido o preço”.
“Com força inabalável, digo [ao povo francês] que não é um ex-presidente que eles estão prendendo esta manhã — é um homem inocente”, escreveu ele. “Não sintam pena de mim, porque minha esposa e meus filhos estão ao meu lado… mas esta manhã sinto profunda tristeza por uma França humilhada por um desejo de vingança.”
Sarkozy afirmou que não deseja tratamento especial na prisão de La Santé, embora tenha sido colocado em isolamento para sua própria segurança, já que outros detentos são traficantes de drogas ou foram condenados por crimes de terrorismo.
Além de Philippe Pétain, o único outro ex-chefe de Estado francês a ser preso foi o rei Luís 16, antes de sua execução em janeiro de 1793.
Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy vai para a prisão para começar a cumprir pena de cinco anos
Sarah Meyssonnier/Reuters
Em sua cela, ele terá banheiro, chuveiro, escrivaninha e uma pequena TV. Ele terá direito a uma hora por dia para se exercitar sozinho.
No final da semana passada, ele foi recebido no Palácio do Eliseu pelo presidente Emmanuel Macron, que disse a repórteres na segunda-feira (20/10) que “é normal, em um nível humano, que eu receba um dos meus antecessores nesse contexto”.
Em outra demonstração de apoio oficial ao ex-presidente, o ministro da Justiça, Gérald Darmanin, disse que o visitaria na prisão como parte de seu papel em garantir a segurança de Sarkozy e o bom funcionamento da prisão.
“Não posso ser insensível à angústia de um homem”, disse.
Caso Kadhafi
Justiça francesa condena ex-presidente Sarkozy a 5 anos de prisão por associação criminosa
Antes de sua chegada à prisão de La Santé, Sarkozy concedeu uma série de entrevistas à imprensa.
“Não tenho medo da prisão. Manterei a cabeça erguida, inclusive nos portões da prisão”, disse ele, em uma das entrevistas.
Sarkozy sempre negou ter cometido qualquer crime em um caso envolvendo alegações de que sua campanha presidencial de 2007 foi financiada por milhões de euros em dinheiro da Líbia.
O ex-presidente, que alega que o caso tem motivação política, foi acusado de usar fundos de Kadhafi. Em troca, Sarkozy teria, segundo a promotoria, prometido ajudar Kadhafi a se livrar da reputação de pária junto aos países ocidentais
O ex-líder de centro-direita da França foi inocentado de ter recebido dinheiro pessoalmente, mas foi condenado por associação criminosa com dois assessores próximos, Brice Hortefeux e Claude Guéant, por conversar com representantes líbios sobre o financiamento secreto de sua campanha.
Os dois assessores conversaram com o chefe de inteligência e cunhado de Kadhafi em 2005, em uma reunião organizada por um intermediário franco-libanês chamado Ziad Takieddine, que morreu no Líbano pouco antes da condenação de Sarkozy.
Ao apresentar o recurso, Sarkozy ainda é considerado legalmente inocente, mas ainda assim ele deverá ser preso devido à “excepcional gravidade dos fatos”.
Sarkozy disse que levaria dois livros consigo para a prisão: A Vida de Jesus e O Conde de Monte Cristo, a história de um homem preso injustamente que escapa para se vingar de seus acusadores.