Governo Trump envia ao Caribe grupo de ataque com maior porta-aviões do mundo
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira (24) que os Estados Unidos estão “inventando uma guerra” com a Venezuela, em meio à operação militar americana no Caribe, ao qual agora se somará um porta-aviões.
Os Estados Unidos enviaram navios de guerra, aviões de combate e soldados para a região para operações contra o narcotráfico, segundo Washington. Caracas afirma que o objetivo é derrubar Maduro do poder.
Desde 2 de setembro, foram bombardeadas dez lanchas supostamente usadas para o tráfico de drogas, resultando em pelo menos 43 mortos.
“Eles estão inventando uma nova guerra eterna, prometeram que nunca mais se envolveriam em uma guerra e estão inventando uma guerra que nós vamos evitar”, disse Maduro em uma transmissão obrigatória de rádio e televisão.
Presidente da Venezuela, Maduro, participa de manifestação para marcar o Dia da Resistência Indígena, em Caracas
Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
Os Estados Unidos “inventam um relato extravagante, vulgar, criminoso e totalmente falso, já comprovadamente falso”, prosseguiu Maduro. “A Venezuela é um país livre da produção de folha de coca, livre da produção de cocaína, e vamos alcançar 100% de liberdade de passagem de minúsculos 5% do narcotráfico que vêm da Colômbia”.
Mais cedo, Washington anunciou que somará à sua operação no Caribe o porta-aviões USS Gerald R. Ford.
O presidente Donald Trump disse que estuda ataques americanos em terra.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, afirmou que o desdobramento dos Estados Unidos representa “uma ameaça militar ali no Caribe contra a Venezuela, contra a região, contra a América Latina, contra o Caribe”.
USS Gerald Ford
Porta-aviões USS Gerald Ford, navio principal do grupo de ataque USS Gerald Ford da Marinha dos Estados Unidos.
Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos
O USS Gerald Ford é o maior porta-aviões do mundo e também o mais moderno e tecnologicamente avançado dos EUA, segundo a Marinha americana. Incluído ao arsenal americano apenas em 2017 —considerado recente em termos da indústria militar—, o porta-aviões tem capacidade para abrigar até 90 caças e helicópteros, além de dispor de uma pista que serve para pousos e decolagens.
O envio militar desta sexta, que ocorre em meio ao acirramento das tensões entre os governos Trump e Maduro, repercutiu na imprensa dos Estados Unidos, que chamou de uma “escalada expressiva” e “grande expansão” da campanha militar de pressão contra a Venezuela. Segundo a agência de notícias Reuters, houve um “drástico aumento” no número de tropas e aeronaves americanas na região da América Latina.
“A presença reforçada das forças dos EUA na área de responsabilidade do US SOUTHCOM (Comando Sul) aumentará a capacidade dos EUA de detectar, monitorar e interromper atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território norte-americano e nossa segurança no Hemisfério Ocidental”, disse o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell.
Organizações terroristas
Desde agosto, o governo Trump designou cartéis de drogas sul-americanos como organizações terroristas e ordenou operações militares contra eles sob a justificativa de parar o fluxo de drogas que entra nos EUA. Além disso, os EUA acusaram Maduro de chefiar o Cartel de Los Soles e dobraram a recompensa pela sua captura para US$ 50 milhões (cerca de R$ 269 milhões).
Maduro denuncia que o real objetivo da ofensiva dos EUA é o tirar do poder, e na quinta fez apelos em inglês contra uma eventual operação americana, e disse “no crazy war, please” (leia mais abaixo). Já Trump afirmou que fará ações terrestres contra cartéis de drogas em breve, porém sem citar a Venezuela. Anteriormente, o líder americano disse que Maduro “ofereceu tudo” —em referência aos recursos naturais do país— contra uma investida militar no país, no entanto, Trump teria recusado.
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) também enfraquecem a versão oficial das operações: o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025, da agência da ONU para drogas e crimes, aponta que a droga que mais causa overdoses nos EUA, o fentanil, vem do México, que fica perto da costa oeste dos EUA. Apesar disso, a frota militar americana foi enviada para o mar do Caribe, na outra ponta do sul dos EUA e perto da Venezuela.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira (24) que os Estados Unidos estão “inventando uma guerra” com a Venezuela, em meio à operação militar americana no Caribe, ao qual agora se somará um porta-aviões.
Os Estados Unidos enviaram navios de guerra, aviões de combate e soldados para a região para operações contra o narcotráfico, segundo Washington. Caracas afirma que o objetivo é derrubar Maduro do poder.
Desde 2 de setembro, foram bombardeadas dez lanchas supostamente usadas para o tráfico de drogas, resultando em pelo menos 43 mortos.
“Eles estão inventando uma nova guerra eterna, prometeram que nunca mais se envolveriam em uma guerra e estão inventando uma guerra que nós vamos evitar”, disse Maduro em uma transmissão obrigatória de rádio e televisão.
Presidente da Venezuela, Maduro, participa de manifestação para marcar o Dia da Resistência Indígena, em Caracas
Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
Os Estados Unidos “inventam um relato extravagante, vulgar, criminoso e totalmente falso, já comprovadamente falso”, prosseguiu Maduro. “A Venezuela é um país livre da produção de folha de coca, livre da produção de cocaína, e vamos alcançar 100% de liberdade de passagem de minúsculos 5% do narcotráfico que vêm da Colômbia”.
Mais cedo, Washington anunciou que somará à sua operação no Caribe o porta-aviões USS Gerald R. Ford.
O presidente Donald Trump disse que estuda ataques americanos em terra.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, afirmou que o desdobramento dos Estados Unidos representa “uma ameaça militar ali no Caribe contra a Venezuela, contra a região, contra a América Latina, contra o Caribe”.
USS Gerald Ford
Porta-aviões USS Gerald Ford, navio principal do grupo de ataque USS Gerald Ford da Marinha dos Estados Unidos.
Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos
O USS Gerald Ford é o maior porta-aviões do mundo e também o mais moderno e tecnologicamente avançado dos EUA, segundo a Marinha americana. Incluído ao arsenal americano apenas em 2017 —considerado recente em termos da indústria militar—, o porta-aviões tem capacidade para abrigar até 90 caças e helicópteros, além de dispor de uma pista que serve para pousos e decolagens.
O envio militar desta sexta, que ocorre em meio ao acirramento das tensões entre os governos Trump e Maduro, repercutiu na imprensa dos Estados Unidos, que chamou de uma “escalada expressiva” e “grande expansão” da campanha militar de pressão contra a Venezuela. Segundo a agência de notícias Reuters, houve um “drástico aumento” no número de tropas e aeronaves americanas na região da América Latina.
“A presença reforçada das forças dos EUA na área de responsabilidade do US SOUTHCOM (Comando Sul) aumentará a capacidade dos EUA de detectar, monitorar e interromper atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território norte-americano e nossa segurança no Hemisfério Ocidental”, disse o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell.
Organizações terroristas
Desde agosto, o governo Trump designou cartéis de drogas sul-americanos como organizações terroristas e ordenou operações militares contra eles sob a justificativa de parar o fluxo de drogas que entra nos EUA. Além disso, os EUA acusaram Maduro de chefiar o Cartel de Los Soles e dobraram a recompensa pela sua captura para US$ 50 milhões (cerca de R$ 269 milhões).
Maduro denuncia que o real objetivo da ofensiva dos EUA é o tirar do poder, e na quinta fez apelos em inglês contra uma eventual operação americana, e disse “no crazy war, please” (leia mais abaixo). Já Trump afirmou que fará ações terrestres contra cartéis de drogas em breve, porém sem citar a Venezuela. Anteriormente, o líder americano disse que Maduro “ofereceu tudo” —em referência aos recursos naturais do país— contra uma investida militar no país, no entanto, Trump teria recusado.
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) também enfraquecem a versão oficial das operações: o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025, da agência da ONU para drogas e crimes, aponta que a droga que mais causa overdoses nos EUA, o fentanil, vem do México, que fica perto da costa oeste dos EUA. Apesar disso, a frota militar americana foi enviada para o mar do Caribe, na outra ponta do sul dos EUA e perto da Venezuela.
