Caça de combate dos Estados Unidos decola, sob instrução de técnicos de voo, do porta-aviões USS Gerald Ford durante treinamento em outubro de 2025.
Zamirah Connor/Marinha dos EUA
A Marinha dos Estados Unidos publicou nesta semana novas fotos do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, que está a caminho do mar do Caribe em meio a uma campanha de pressão do governo Trump contra o regime Maduro na Venezuela.
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As fotos divulgadas pelos EUA mostram manobras militares a bordo do porta-aviões, que incluem sobrevoo de aeronaves como jatos e helicópteros e exercícios de tiro com armas variadas, por exemplo. (Veja nas imagens abaixo)
Apesar de terem sido divulgadas nesta semana, as fotos foram tiradas na segunda quinzena de outubro —a mais recente delas é da última sexta (31). Isso ocorre por motivos estratégicos, porque não é interessante para países como os EUA revelar operações e localização em tempo real de seus ativos militares.
O USS Gerald Ford foi despachado pelo governo Trump ao Caribe há cerca de duas semanas, no dia 24 de outubro. O g1 apurou nesta quinta-feira que o porta-aviões já entrou no Oceano Atlântico após ter passado pelo Estreito de Gibraltar, entre a Europa e a África, entre a segunda e a terça-feira, segundo sites de monitoramento especializados.
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“Operações aéreas leves a bordo do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, mantendo a eficácia em combate, a letalidade e o estado de prontidão na área de operações da 6ª Frota dos Estados Unidos”, afirmou a Marinha americana em comunicado que acompanhou as fotos.
A embarcação tem velocidade máxima de cerca de 55 km/h (30 nós), então é possível que chegue à região do Caribe já neste final de semana caso não faça mais paradas no trajeto.
O envio do grupo de ataque USS Gerald Ford, que inclui três destróieres e até 90 aeronaves a bordo, constituiu uma escalada massiva da pressão do governo Trump contra o regime Maduro. Segundo especialistas consultados pelo g1, o emprego do maior porta-aviões do mundo na campanha perto da costa da Venezuela é um “sinal inequívoco” de que Trump está disposto a utilizar força militar contra Maduro.
As embarcações e aeronaves do grupo Gerald Ford se somam à já grande presença militar dos Estados Unidos no mar do Caribe, que inclui diversos navios de guerra, jatos de combate F-35, helicópteros de operações especiais e aviões bombardeiros. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusa os EUA de buscarem tirá-lo do poder e denunciou estarem “inventando uma guerra” para justificar a ação. (Leia mais abaixo)
A investida também alimentou temores de um bombardeio direto ou de operações com soldados dentro do território venezuelano. A rede americana “CNN” afirmou em reportagem nesta quinta que o governo Trump não tem planos de ataques imediatos na Venezuela porque ainda falta justificativa legal para tal. A situação, no entanto, pode mudar conforme a situação escala.
Exercício de tiro com fuzil pesado a bordo do porta-aviões USS Gerald Ford, da Marinha dos Estados Unidos, em outubro de 2025.
Brianna Barnett/Marinha dos Estados Unidos
Porta-aviões USS Gerald Ford, da Marinha dos Estados Unidos, atravessando o Estreito de Gibraltar.
Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos
Treino de tiro a bordo do porta-aviões americano USS Gerald Ford em outubro de 2025.
Brianna Barnett/Marinha dos Estados Unidos
Caça de guerra F-18 aterrissa no deque do porta-aviões americano USS Gerald Ford em exercício de voo em outubro de 2025.
Brianna Barnett/Marinha dos Estados Unidos
Aeronave de monitoramento E-2D Hawkeye pousando no porta-aviões USS Gerald Ford durante voo de treinamento em outubro de 2025.
Brianna Barnett/Marinha dos Estados Unidos
Tensões EUA x Venezuela
Os governos Trump e Maduro travam uma escalada de tensões sem precedentes desde agosto, quando o presidente americano designou cartéis de drogas latino-americanos como organizações terroristas e ordenou operações militares contra eles.
O governo Trump também acusou Maduro de chefiar o Cartel de Los Soles, dobrou a recompensa por sua captura para US$ 50 milhões e enviou dezenas de navios e aeronaves de guerra para o sul do Caribe, incluindo o maior porta-aviões do mundo —todas essas ações foram vistas por especialistas como instrumentos de pressão contra o presidente venezuelano.
Trump também chegou até a admitir ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela e indicar que operações terrestres contra cartéis de drogas teriam início em breve. Neste domingo, Trump disse à TV “CBS” acreditar que os dias de Maduro na presidência “estão contados”.
Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024.
AFP/Jim Watson
O jornal americano “The Wall Street Journal” revelou na semana passada que o governo Trump está considerando bombardear alvos militares na Venezuela e já teria os mapeado. Essa ação ocorreria sob a acusação de que essas instalações estariam sendo utilizadas para o tráfico de drogas. Após a reportagem, o presidente americano negou ter planos para ataques dentro do território venezuelano.
Segundo especialistas entrevistados pelo g1, o motivo do conflito se dá por conta do interesse dos norte-americanos em tentar derrubar Maduro, e pela vontade dos EUA de acessar as reservas de petróleo e às riquezas minerais da Venezuela.
“O que os americanos estão planejando ainda não está claro, mas, sem dúvida, estamos na iminência de um ataque de larga escala. E, se isso acontecer, será a primeira vez que os Estados Unidos atacam militarmente um país da América do Sul”, declarou Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo Iuperj.
O governo dos Estados Unidos, no entanto, afirma que esses movimentos são somente ações de combate ao narcotráfico.
Diante da escalada militar dos EUA, o governo venezuelano pediu ajuda dos aliados Rússia e China, segundo o jornal americano “The Washington Post”.
Conheça o USS Gerald Ford, maior porta-aviões do mundo e o mais avançado da Marinha dos Estados Unidos.
Gui Sousa/Arte g1
Zamirah Connor/Marinha dos EUA
A Marinha dos Estados Unidos publicou nesta semana novas fotos do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, que está a caminho do mar do Caribe em meio a uma campanha de pressão do governo Trump contra o regime Maduro na Venezuela.
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Apesar de terem sido divulgadas nesta semana, as fotos foram tiradas na segunda quinzena de outubro —a mais recente delas é da última sexta (31). Isso ocorre por motivos estratégicos, porque não é interessante para países como os EUA revelar operações e localização em tempo real de seus ativos militares.
O USS Gerald Ford foi despachado pelo governo Trump ao Caribe há cerca de duas semanas, no dia 24 de outubro. O g1 apurou nesta quinta-feira que o porta-aviões já entrou no Oceano Atlântico após ter passado pelo Estreito de Gibraltar, entre a Europa e a África, entre a segunda e a terça-feira, segundo sites de monitoramento especializados.
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“Operações aéreas leves a bordo do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, mantendo a eficácia em combate, a letalidade e o estado de prontidão na área de operações da 6ª Frota dos Estados Unidos”, afirmou a Marinha americana em comunicado que acompanhou as fotos.
A embarcação tem velocidade máxima de cerca de 55 km/h (30 nós), então é possível que chegue à região do Caribe já neste final de semana caso não faça mais paradas no trajeto.
O envio do grupo de ataque USS Gerald Ford, que inclui três destróieres e até 90 aeronaves a bordo, constituiu uma escalada massiva da pressão do governo Trump contra o regime Maduro. Segundo especialistas consultados pelo g1, o emprego do maior porta-aviões do mundo na campanha perto da costa da Venezuela é um “sinal inequívoco” de que Trump está disposto a utilizar força militar contra Maduro.
As embarcações e aeronaves do grupo Gerald Ford se somam à já grande presença militar dos Estados Unidos no mar do Caribe, que inclui diversos navios de guerra, jatos de combate F-35, helicópteros de operações especiais e aviões bombardeiros. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusa os EUA de buscarem tirá-lo do poder e denunciou estarem “inventando uma guerra” para justificar a ação. (Leia mais abaixo)
A investida também alimentou temores de um bombardeio direto ou de operações com soldados dentro do território venezuelano. A rede americana “CNN” afirmou em reportagem nesta quinta que o governo Trump não tem planos de ataques imediatos na Venezuela porque ainda falta justificativa legal para tal. A situação, no entanto, pode mudar conforme a situação escala.
Exercício de tiro com fuzil pesado a bordo do porta-aviões USS Gerald Ford, da Marinha dos Estados Unidos, em outubro de 2025.
Brianna Barnett/Marinha dos Estados Unidos
Porta-aviões USS Gerald Ford, da Marinha dos Estados Unidos, atravessando o Estreito de Gibraltar.
Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos
Treino de tiro a bordo do porta-aviões americano USS Gerald Ford em outubro de 2025.
Brianna Barnett/Marinha dos Estados Unidos
Caça de guerra F-18 aterrissa no deque do porta-aviões americano USS Gerald Ford em exercício de voo em outubro de 2025.
Brianna Barnett/Marinha dos Estados Unidos
Aeronave de monitoramento E-2D Hawkeye pousando no porta-aviões USS Gerald Ford durante voo de treinamento em outubro de 2025.
Brianna Barnett/Marinha dos Estados Unidos
Tensões EUA x Venezuela
Os governos Trump e Maduro travam uma escalada de tensões sem precedentes desde agosto, quando o presidente americano designou cartéis de drogas latino-americanos como organizações terroristas e ordenou operações militares contra eles.
O governo Trump também acusou Maduro de chefiar o Cartel de Los Soles, dobrou a recompensa por sua captura para US$ 50 milhões e enviou dezenas de navios e aeronaves de guerra para o sul do Caribe, incluindo o maior porta-aviões do mundo —todas essas ações foram vistas por especialistas como instrumentos de pressão contra o presidente venezuelano.
Trump também chegou até a admitir ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela e indicar que operações terrestres contra cartéis de drogas teriam início em breve. Neste domingo, Trump disse à TV “CBS” acreditar que os dias de Maduro na presidência “estão contados”.
Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024.
AFP/Jim Watson
O jornal americano “The Wall Street Journal” revelou na semana passada que o governo Trump está considerando bombardear alvos militares na Venezuela e já teria os mapeado. Essa ação ocorreria sob a acusação de que essas instalações estariam sendo utilizadas para o tráfico de drogas. Após a reportagem, o presidente americano negou ter planos para ataques dentro do território venezuelano.
Segundo especialistas entrevistados pelo g1, o motivo do conflito se dá por conta do interesse dos norte-americanos em tentar derrubar Maduro, e pela vontade dos EUA de acessar as reservas de petróleo e às riquezas minerais da Venezuela.
“O que os americanos estão planejando ainda não está claro, mas, sem dúvida, estamos na iminência de um ataque de larga escala. E, se isso acontecer, será a primeira vez que os Estados Unidos atacam militarmente um país da América do Sul”, declarou Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo Iuperj.
O governo dos Estados Unidos, no entanto, afirma que esses movimentos são somente ações de combate ao narcotráfico.
Diante da escalada militar dos EUA, o governo venezuelano pediu ajuda dos aliados Rússia e China, segundo o jornal americano “The Washington Post”.
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Gui Sousa/Arte g1

