Chanceler alemão diz que jornalistas ficaram contentes ao sair de Belém após COP30
O chanceler federal alemão, Friedrich Merz, não se desculpará por sua controversa declaração sobre Belém e não vê nenhum dano às relações diplomáticas entre a Alemanha e o Brasil, afirmou o porta-voz do governo, Stefan Kornelius, em coletiva nesta quarta-feira (19).
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A fala de Kornelius, no entanto, contradisse a interpretação de que o premiê teria expressado “desagrado” ou até mesmo “repulsa” por Belém. Ao mesmo tempo, o porta-voz afirmou que a fala de Merz foi tirada de contexto.
Logo após voltar de uma viagem à capital do Pará, o líder alemão gerou polêmica ao afirmar que os jornalistas alemães que o acompanhavam na COP30 “ficaram contentes” em deixar Belém e retornar à Alemanha. (Leia mais abaixo)
Impressão de Belém foi “muito positiva”, diz porta-voz
Friedrich Merz
Ralf Hirschberger/AFP
Kornelius disse que a impressão de Merz sobre sua viagem foi “muito positiva” e “não há dúvida de que o Brasil é nosso parceiro mais importante em termos geoestratégicos e econômicos na América do Sul”.
“Permitam-me acrescentar algo a esta frase que agora é apresentada de forma incriminatória”, afirmou Kornelius, destacando que a declaração controversa de Merz “dizia essencialmente respeito ao desejo da delegação de voltar para casa após um voo noturno muito cansativo e um longo dia em Belém”.
“Ele disse que vivemos em um dos países mais bonitos do mundo, e ele estava se referindo à Alemanha”, explicou Kornelius.”O Brasil certamente também está entre os países mais bonitos do mundo. Mas, o fato de o chanceler alemão estar fazendo uma pequena distinção aqui, não me parece algo condenável.”
Questionado se Merz se desculparia ou se ele via algum dano às relações, Kornelius respondeu: “Não, duas vezes.”
Comentário sobre Belém
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, se cumprimentam após reunião bilateral durante a Cúpula do Clima de Belém, evento preparatório para a COP30, nesta sexta-feira (7).
REUTERS/Adriano Machado
Na quinta-feira passada, em um discurso no Congresso Alemão do Comércio, Merz teceu um paralelo com o Brasil, citando sua visita a Belém dias antes, visando enaltecer as qualidades da Alemanha.
“Senhoras e senhores, nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: ‘Quem de vocês gostaria de ficar aqui?’ Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, na noite de sexta para sábado, especialmente daquele lugar onde estávamos”.
A fala do líder alemão, que ganhou destaque nesta semana, repercutiu mal no Brasil e também entre políticos alemães. O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), chamou a fala de Merz de “infeliz, arrogante e preconceituosa”.
Em um discurso durante inauguração de uma ponte no interior de Tocantins, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu a fala do alemão e disse que Merz deveria ter aproveitado a cultura e a culinária paraenses durante a visita ao Brasil e listou uma série de atrações e atividades, afirmando que “Berlim não oferece 10% da qualidade” do Pará e de Belém.
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A fala de Kornelius, no entanto, contradisse a interpretação de que o premiê teria expressado “desagrado” ou até mesmo “repulsa” por Belém. Ao mesmo tempo, o porta-voz afirmou que a fala de Merz foi tirada de contexto.
Logo após voltar de uma viagem à capital do Pará, o líder alemão gerou polêmica ao afirmar que os jornalistas alemães que o acompanhavam na COP30 “ficaram contentes” em deixar Belém e retornar à Alemanha. (Leia mais abaixo)
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Friedrich Merz
Ralf Hirschberger/AFP
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“Permitam-me acrescentar algo a esta frase que agora é apresentada de forma incriminatória”, afirmou Kornelius, destacando que a declaração controversa de Merz “dizia essencialmente respeito ao desejo da delegação de voltar para casa após um voo noturno muito cansativo e um longo dia em Belém”.
“Ele disse que vivemos em um dos países mais bonitos do mundo, e ele estava se referindo à Alemanha”, explicou Kornelius.”O Brasil certamente também está entre os países mais bonitos do mundo. Mas, o fato de o chanceler alemão estar fazendo uma pequena distinção aqui, não me parece algo condenável.”
Questionado se Merz se desculparia ou se ele via algum dano às relações, Kornelius respondeu: “Não, duas vezes.”
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REUTERS/Adriano Machado
Na quinta-feira passada, em um discurso no Congresso Alemão do Comércio, Merz teceu um paralelo com o Brasil, citando sua visita a Belém dias antes, visando enaltecer as qualidades da Alemanha.
“Senhoras e senhores, nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: ‘Quem de vocês gostaria de ficar aqui?’ Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, na noite de sexta para sábado, especialmente daquele lugar onde estávamos”.
A fala do líder alemão, que ganhou destaque nesta semana, repercutiu mal no Brasil e também entre políticos alemães. O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), chamou a fala de Merz de “infeliz, arrogante e preconceituosa”.
Em um discurso durante inauguração de uma ponte no interior de Tocantins, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu a fala do alemão e disse que Merz deveria ter aproveitado a cultura e a culinária paraenses durante a visita ao Brasil e listou uma série de atrações e atividades, afirmando que “Berlim não oferece 10% da qualidade” do Pará e de Belém.
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