Israel ataca chefes do Hamas em Doha, no Catar
O governo de Israel afirmou ter realizado um ataque contra chefes do Hamas em Doha, no Catar, nesta terça-feira (9). O governo catariano e ONU afirmaram que a ofensiva violou leis internacionais (leia mais abaixo).
Segundo o porta-voz do Exército israelense, o ataque foi realizado pelo Shin Bet, a agência de inteligência de Israel, em parceria com a Força Aérea do país. Jatos israelenses sobrevoaram Doha e, com armas de precisão, alvejaram membros da alta cúpula do grupo terrorista, que estavam reunidos na capital catariana, ainda de acordo com o porta-voz.
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REPERCUSSÕES: ONU diz que ataque foi ‘violação flagrante da soberania nacional’
O Hamas afirmou que cinco membros do grupo morreram na ofensiva — entre eles, está o filho de Khalil Al-Hayya, o principal negociador das conversas por um acordo de paz com Israel e que era um dos alvos do ataque israelense.
No entanto, o grupo terrorista disse que os integrantes do alto escalão escaparam ilesos. Israel ainda não se manifestou sobre se houve vítimas até a última atualização desta reportagem.
O governo do Catar afirmou em nota que um membro da Força de Segurança Interna do país foi morto no ataque israelense e outros membros do órgão ficaram feridos, porém não especificou quantos.
Israel disse ainda que avisou previamente aos Estados Unidos de que faria o ataque, e, de acordo com o canal “I24”, o governo de Donald Trump deu luz verde à ofensiva — após a informação, a Embaixada dos EUA no Catar emitiu uma ordem de abrigo para cidadãos norte-americanos que estão em solo catariano.
Um funcionário da Casa Branca confirmou à Reuters que Trump foi avisado sobre o ataque previamente. Mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva foi “totalmente planejada e executada” apenas por Israel, que tem “total responsabilidade” pelo ataque.
Como resposta, o Catar, que tem atuado como um mediador das negociações de paz entre Israel e o Hamas ao lado dos Estados Unidos, anunciou a suspensão temporária da mediação das conversas. O chanceler catariano afirmou que o ataque foi uma “violação flagrande das leis internacionais” e chamou a ofensiva de “ato covarde de Israel” e disse que abriria uma investigação.
Já o diretor-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que a ofensiva de Israel constituiu uma “violação da soberania territorial flagrante”.
Fumaça é vista em Doha, no Catar, após explosões por conta de um ataque de Israel contra lideranças do Hamas que estavam na cidade, em 9 de setembro de 2025.
Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters
Vídeo mostra prédio danificado após Israel lançar ataque no Catar
Um integrante da alta cúpula do grupo afirmou à rede de TV Al-Jazeera que o ataque ocorreu durante uma reunião do Hamas na capital do Catar, mas também não informou se houve vítimas.
Também não havia relatos de vítimas ou danos até a última atualização desta reportagem. O porta-voz do Exército israelense afirmou ainda que “medidas foram tomadas para minimizar os danos a civis não envolvidos, incluindo o uso de munições de precisão e inteligência adicional”.
Uma densa fumaça se formou sobre parte de Doha após o ataque. Vídeos nas redes sociais mostram imagens do céu parcialmente coberto pela fumaça e de explosões que, segundo os usuários, ocorreram no momento do ataque de Israel na capital catariana (veja acima).
Nos últimos anos, o Catar tem tentado se firmar como um mediador no Golfo Pérsico entre o Ocidente e países árabes, disputando o posto com a Arábia Saudita.
No entanto, além de sediar várias rodadas das negociações de paz, o Catar também costuma servir de base para membros da alta cúpula do Hamas, mas era raro que Israel fizesse incursões no país. O ex-líder do grupo terrorista, Ismail Haniyeh, por exemplo, vivia em Doha, mas foi assassinado pelo Exército israelense apenas quando deixou o Catar e foi a Teerã, no Irã.
O governo iraniano também criticou o ataque desta terça e chamou a ofensiva de uma violação das leis internacionais.
Atentado em Jerusalém
Atentado mata seis pessoas em Jerusalém
O ataque desta terça ocorre um dia depois de um atentado em Jerusalém que deixou seis pessoas mortas. Na ocasião, homens abriram fogo contra israelenses em um ponto de ônibus.
Nesta terça, o Hamas reivindicou a autoria do atentado, que ocorre também em um momento de aumento da ofensiva israelense sobre a Cidade de Gaza.
O governo israelense disse que responderia nesta quarta com um “furacão” sobre o território palestino, e, pela manhã, lançou panfletos na Cidade de Gaza pedindo à população que deixasse o local.
O governo de Israel afirmou ter realizado um ataque contra chefes do Hamas em Doha, no Catar, nesta terça-feira (9). O governo catariano e ONU afirmaram que a ofensiva violou leis internacionais (leia mais abaixo).
Segundo o porta-voz do Exército israelense, o ataque foi realizado pelo Shin Bet, a agência de inteligência de Israel, em parceria com a Força Aérea do país. Jatos israelenses sobrevoaram Doha e, com armas de precisão, alvejaram membros da alta cúpula do grupo terrorista, que estavam reunidos na capital catariana, ainda de acordo com o porta-voz.
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REPERCUSSÕES: ONU diz que ataque foi ‘violação flagrante da soberania nacional’
O Hamas afirmou que cinco membros do grupo morreram na ofensiva — entre eles, está o filho de Khalil Al-Hayya, o principal negociador das conversas por um acordo de paz com Israel e que era um dos alvos do ataque israelense.
No entanto, o grupo terrorista disse que os integrantes do alto escalão escaparam ilesos. Israel ainda não se manifestou sobre se houve vítimas até a última atualização desta reportagem.
O governo do Catar afirmou em nota que um membro da Força de Segurança Interna do país foi morto no ataque israelense e outros membros do órgão ficaram feridos, porém não especificou quantos.
Israel disse ainda que avisou previamente aos Estados Unidos de que faria o ataque, e, de acordo com o canal “I24”, o governo de Donald Trump deu luz verde à ofensiva — após a informação, a Embaixada dos EUA no Catar emitiu uma ordem de abrigo para cidadãos norte-americanos que estão em solo catariano.
Um funcionário da Casa Branca confirmou à Reuters que Trump foi avisado sobre o ataque previamente. Mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva foi “totalmente planejada e executada” apenas por Israel, que tem “total responsabilidade” pelo ataque.
Como resposta, o Catar, que tem atuado como um mediador das negociações de paz entre Israel e o Hamas ao lado dos Estados Unidos, anunciou a suspensão temporária da mediação das conversas. O chanceler catariano afirmou que o ataque foi uma “violação flagrande das leis internacionais” e chamou a ofensiva de “ato covarde de Israel” e disse que abriria uma investigação.
Já o diretor-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que a ofensiva de Israel constituiu uma “violação da soberania territorial flagrante”.
Fumaça é vista em Doha, no Catar, após explosões por conta de um ataque de Israel contra lideranças do Hamas que estavam na cidade, em 9 de setembro de 2025.
Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters
Vídeo mostra prédio danificado após Israel lançar ataque no Catar
Um integrante da alta cúpula do grupo afirmou à rede de TV Al-Jazeera que o ataque ocorreu durante uma reunião do Hamas na capital do Catar, mas também não informou se houve vítimas.
Também não havia relatos de vítimas ou danos até a última atualização desta reportagem. O porta-voz do Exército israelense afirmou ainda que “medidas foram tomadas para minimizar os danos a civis não envolvidos, incluindo o uso de munições de precisão e inteligência adicional”.
Uma densa fumaça se formou sobre parte de Doha após o ataque. Vídeos nas redes sociais mostram imagens do céu parcialmente coberto pela fumaça e de explosões que, segundo os usuários, ocorreram no momento do ataque de Israel na capital catariana (veja acima).
Nos últimos anos, o Catar tem tentado se firmar como um mediador no Golfo Pérsico entre o Ocidente e países árabes, disputando o posto com a Arábia Saudita.
No entanto, além de sediar várias rodadas das negociações de paz, o Catar também costuma servir de base para membros da alta cúpula do Hamas, mas era raro que Israel fizesse incursões no país. O ex-líder do grupo terrorista, Ismail Haniyeh, por exemplo, vivia em Doha, mas foi assassinado pelo Exército israelense apenas quando deixou o Catar e foi a Teerã, no Irã.
O governo iraniano também criticou o ataque desta terça e chamou a ofensiva de uma violação das leis internacionais.
Atentado em Jerusalém
Atentado mata seis pessoas em Jerusalém
O ataque desta terça ocorre um dia depois de um atentado em Jerusalém que deixou seis pessoas mortas. Na ocasião, homens abriram fogo contra israelenses em um ponto de ônibus.
Nesta terça, o Hamas reivindicou a autoria do atentado, que ocorre também em um momento de aumento da ofensiva israelense sobre a Cidade de Gaza.
O governo israelense disse que responderia nesta quarta com um “furacão” sobre o território palestino, e, pela manhã, lançou panfletos na Cidade de Gaza pedindo à população que deixasse o local.