Benjamin Netanyahu
REUTERS
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (11) que não aceitará a ideia de um Estado palestino.
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Ele deu a declaração ao assinar um acordo que permite a expansão significativa de assentamentos israelenses na Cisjordânia, perto de Jerusalém.
“Cumpriremos a nossa promessa: nunca haverá um Estado palestino; este lugar nos pertence. Nós protegeremos nossa herança, nossa terra e nossa segurança”, declarou Netanyahu durante o evento em Maale Adumim, um assentamento israelense a leste de Jerusalém.
O premiê israelense estava acompanhado por membros nacionalistas de sua coalizão, incluindo o ministro das Finanças de extrema direita, Bezalel Smotrich, que, em agosto, disse que um Estado palestino “está sendo apagado da mesa, não com slogans, mas com ações”.
Em maio, o governo de Israel já havia anunciado a criação de 22 novas colônias no território. Na época, a decisão foi alvo de críticas por ser a maior expansão de assentamentos de colonos judeus dentro da Cisjordânia desde os Acordos de Oslo, quando Israel se comprometeu a não tomar essa medida.
No mês passado, o projeto E1, que planeja dividir a Cisjordânia ocupada e a isolar de Jerusalém Oriental, recebeu aprovação final de uma comissão de planejamento do Ministério da Defesa. O investimento total, que incluirá a construção de estradas e a modernização da infraestrutura principal, é estimado em quase US$ 1 bilhão.
Os assentamentos israelenses na Cisjordânia são considerados ilegais sob a lei internacional. Mesmo assim, cerca de meio milhão de judeus vivem na região, em mais de 130 colônias.
A ONU denuncia com frequência a colonização israelense como um dos principais obstáculos para uma paz duradoura entre israelenses e palestinos, já que impede a criação de um Estado palestino viável.
No final de julho, a declaração final da Conferência Internacional das Nações Unidas afirmou que a solução de dois Estados é “único caminho” para paz entre Israel e Palestina. Os países participantes que assinaram o documento defenderam que Gaza e Cisjordânia devem ser unificadas e, junto com Jerusalém Oriental, compor uma Palestina soberana e governada pela Autoridade Palestina, assim como delineado em resolução da ONU de 1947.
LEIA TAMBÉM:
O que são os assentamentos israelenses na Cisjordânia, e por que eles estão ali?
Por que Israel continua a construir assentamentos na Cisjordânia?
Ordens de evacuação na Faixa de Gaza
Israel dá ordens para toda população se retirar imediatamente da Cidade de Gaza
Na terça-feira (9), Israel ordenou a evacuação em massa da maior cidade da Faixa de Gaza, o que causou pânico e revolta entre os moradores
O Exército israelense anunciou que atuará com “grande força” e “maior contundência” na Cidade de Gaza, que pretende tomar em sua totalidade como parte da guerra contra o grupo terrorista Hamas.
“A todos os habitantes da Cidade de Gaza (…) as forças de defesa estão determinadas a derrotar o Hamas e atuarão na área da Cidade de Gaza com maior contundência”, disse em comunicado o porta-voz do Exército israelense em língua árabe, Avichay Adraee.
Um dia antes, Netanyahu afirmou que os moradores do maior centro urbano da Faixa de Gaza devem deixar a Cidade de Gaza “agora”.
Já o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que Gaza “será arrasada” e que “uma tempestade de furacão” atingirá os céus da cidade, em referência à derrubada de diversos arranha-céus e prédios de vários andares, que Israel afirma serem utilizados pelo Hamas.
Um fotógrafo da AFP na Cidade de Gaza informou que aviões lançaram panfletos que exortam a população a fugir para o sul.
Palestinos da Cidade de Gaza observam panfletos jogados pelo Exército israelense com ordens de evacuação em 9 de setembro de 2025.
Omar Al-Qattaa/AFP
Exército de Israel joga centenas de panfletos com ordens de evacuação em massa para moradores da Cidade de Gaza, na Faixa de Gaza, em 9 de setembro de 2025.
Omar Al-Qattaa/AFP
REUTERS
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (11) que não aceitará a ideia de um Estado palestino.
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Ele deu a declaração ao assinar um acordo que permite a expansão significativa de assentamentos israelenses na Cisjordânia, perto de Jerusalém.
“Cumpriremos a nossa promessa: nunca haverá um Estado palestino; este lugar nos pertence. Nós protegeremos nossa herança, nossa terra e nossa segurança”, declarou Netanyahu durante o evento em Maale Adumim, um assentamento israelense a leste de Jerusalém.
O premiê israelense estava acompanhado por membros nacionalistas de sua coalizão, incluindo o ministro das Finanças de extrema direita, Bezalel Smotrich, que, em agosto, disse que um Estado palestino “está sendo apagado da mesa, não com slogans, mas com ações”.
Em maio, o governo de Israel já havia anunciado a criação de 22 novas colônias no território. Na época, a decisão foi alvo de críticas por ser a maior expansão de assentamentos de colonos judeus dentro da Cisjordânia desde os Acordos de Oslo, quando Israel se comprometeu a não tomar essa medida.
No mês passado, o projeto E1, que planeja dividir a Cisjordânia ocupada e a isolar de Jerusalém Oriental, recebeu aprovação final de uma comissão de planejamento do Ministério da Defesa. O investimento total, que incluirá a construção de estradas e a modernização da infraestrutura principal, é estimado em quase US$ 1 bilhão.
Os assentamentos israelenses na Cisjordânia são considerados ilegais sob a lei internacional. Mesmo assim, cerca de meio milhão de judeus vivem na região, em mais de 130 colônias.
A ONU denuncia com frequência a colonização israelense como um dos principais obstáculos para uma paz duradoura entre israelenses e palestinos, já que impede a criação de um Estado palestino viável.
No final de julho, a declaração final da Conferência Internacional das Nações Unidas afirmou que a solução de dois Estados é “único caminho” para paz entre Israel e Palestina. Os países participantes que assinaram o documento defenderam que Gaza e Cisjordânia devem ser unificadas e, junto com Jerusalém Oriental, compor uma Palestina soberana e governada pela Autoridade Palestina, assim como delineado em resolução da ONU de 1947.
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Ordens de evacuação na Faixa de Gaza
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Na terça-feira (9), Israel ordenou a evacuação em massa da maior cidade da Faixa de Gaza, o que causou pânico e revolta entre os moradores
O Exército israelense anunciou que atuará com “grande força” e “maior contundência” na Cidade de Gaza, que pretende tomar em sua totalidade como parte da guerra contra o grupo terrorista Hamas.
“A todos os habitantes da Cidade de Gaza (…) as forças de defesa estão determinadas a derrotar o Hamas e atuarão na área da Cidade de Gaza com maior contundência”, disse em comunicado o porta-voz do Exército israelense em língua árabe, Avichay Adraee.
Um dia antes, Netanyahu afirmou que os moradores do maior centro urbano da Faixa de Gaza devem deixar a Cidade de Gaza “agora”.
Já o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que Gaza “será arrasada” e que “uma tempestade de furacão” atingirá os céus da cidade, em referência à derrubada de diversos arranha-céus e prédios de vários andares, que Israel afirma serem utilizados pelo Hamas.
Um fotógrafo da AFP na Cidade de Gaza informou que aviões lançaram panfletos que exortam a população a fugir para o sul.
Palestinos da Cidade de Gaza observam panfletos jogados pelo Exército israelense com ordens de evacuação em 9 de setembro de 2025.
Omar Al-Qattaa/AFP
Exército de Israel joga centenas de panfletos com ordens de evacuação em massa para moradores da Cidade de Gaza, na Faixa de Gaza, em 9 de setembro de 2025.
Omar Al-Qattaa/AFP