China acusa EUA de 'intimidação' ao pressionar por tarifas sobre compras de petróleo russo
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente da China, Xi Jinping, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, chegam a um desfile militar para comemorar o 80º aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial, em Pequim, China, na quarta-feira, 3 de setembro de 2025.
Sergei Bobylev, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP
A China acusou os Estados Unidos de “intimidação unilateral” após o presidente americano Donald Trump, ter pedido aos aliados que imponham tarifas à China pela compra de petróleo russo em uma nova tentativa de pressionar a Rússia a encerrar a guerra da Ucrânia.
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A China disse se opor ao pedido de Trump para que o G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido) e os países da Otan imponham tarifas secundárias sobre as importações chinesas devido à compra de petróleo russo, disse o Ministério do Comércio da China na segunda-feira, chamando-o de “um exemplo clássico de intimidação unilateral e coerção econômica”.
No sábado, Trump propôs aos aliados europeus “sanções severas” contra a Rússia, uma nova tentativa de pressionar economicamente Moscou para encerrar o conflito contra a Ucrânia, que já dura mais de três anos e meio.
Tensões econômicas EUA x China
Nesta segunda-feira, autoridades da China e dos EUA entraram em um segundo dia de negociações em Madri para tentar buscar um terreno comum em questões que incluem tarifas e uma demanda dos EUA para o desinvestimento do TikTok pela proprietária chinesa Bytedance.
Além das tensões entre os dois países, o órgão regulador do mercado da China afirmou nesta segunda-feira que uma investigação preliminar descobriu que a fabricante de chips norte-americana Nvidia havia violado a lei antimonopólio do país.
Os laços comerciais entre as duas maiores economias do mundo azedaram, apesar de uma frágil trégua tarifária alcançada em maio e estendida em agosto que impediu que as taxas tarifárias sobre os produtos da outra parte atingissem níveis de três dígitos.
Mas os negociadores dos dois lados ainda enfrentam temas espinhosos, como as restrições dos EUA às exportações de tecnologia e chips, o apoio da China à Rússia e o que Washington considera esforços insuficientes para conter o fluxo de precursores químicos do fentanil para os EUA.
Em nota, o ministério chinês pediu que os EUA sejam “prudentes em palavras e ações” e resolvam as diferenças por meio de um diálogo igualitário.

By Marsescritor

MARSESCRITOR tem formação em Letras, é também escritor com 10 livros publicados.