Trump diz que Netanyahu concordou com plano de paz em Gaza
Autoridades do grupo terrorista Hamas afirmaram que não receberam o plano de paz para a Faixa de Gaza anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proposta foi apresentada pela Casa Branca nesta segunda-feira (29) e já foi aceita por Israel.
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À AFP, um membro da cúpula do grupo terrorista disse sob condição de anonimato que o plano ainda não foi entregue pelo governo dos Estados Unidos.
“Não recebemos a proposta de Trump. Vamos analisá-la e responder quando a recebermos”, afirmou.
Já Mahmoud Mardawi, um dos dirigentes do Hamas, disse em entrevista à Al Jazeera que nenhuma versão escrita havia sido enviada pelo governo de Donald Trump. Não está claro se o grupo havia sido comunicado sobre o plano por meio de outros canais.
Em contrapartida, a agência Reuters informou que o primeiro-ministro do Catar e o chefe da inteligência do Egito compartilharam a proposta com o Hamas, segundo uma autoridade com conhecimento no assunto.
Ainda segundo a agência, negociadores do Hamas que participam das conversas para um cessar-fogo afirmaram aos mediadores que vão analisar o plano e fornecer uma resposta. Um prazo ainda não foi divulgado.
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Plano de paz
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, se encontra com Donald Trump na Casa Branca
REUTERS/Jonathan Ernst
A proposta apresentada pela Casa Branca prevê a criação de um conselho internacional presidido por Trump, além de anistia a integrantes do Hamas que entregarem as armas e a possibilidade da criação de um Estado palestino.
Segundo o plano, Gaza será transformada em uma zona “desradicalizada”, livre de grupos armados. O território também passará por reconstrução com apoio de um comitê palestino tecnocrático e de especialistas internacionais.
O grupo proposto pelos Estados Unidos atuará sob supervisão de um novo órgão internacional, o chamado “Conselho da Paz”, que será presidido por Trump. O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair também deve integrar a estrutura. Não está claro se Israel participará do conselho.
A proposta esclarece que o Hamas teria até 72 horas para devolver todos os reféns israelenses mantidos em Gaza. Confira detalhes mais abaixo.
Em uma coletiva de imprensa, Trump afirmou que se o Hamas rejeitar a proposta, os Estados Unidos apoiarão medidas militares para eliminar o grupo terrorista de forma definitiva.
Ao lado de Trump, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que concorda com o plano e afirmou que Israel irá avançar na ofensiva caso o Hamas não aceite os termos propostos pelos EUA.
“Se o Hamas rejeitar seu plano, senhor presidente, ou se supostamente aceitá-lo e depois basicamente fizer de tudo para contrariá-lo, então Israel concluirá o trabalho por conta própria”, disse Netanyahu.
Pontos do plano
Um tanque israelense patrulha a fronteira entre Israel e Gaza, antes de um acordo de cessar-fogo entrar em vigor, em 19 de janeiro de 2025
REUTERS/Amir Cohen
▶️ Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros
O cessar-fogo ocorreria logo após a aceitação do plano.
Israel libertaria prisioneiros, enquanto o Hamas devolveria todos os reféns em 72 horas.
A troca incluiria também restos mortais de ambas as partes.
▶️ Ajuda humanitária e reconstrução de Gaza
Entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura.
Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas seriam autorizados.
Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e outras entidades neutras.
▶️ Nova governança em Gaza
Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assumiria a gestão local.
Esse órgão seria supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump.
Não está claro se Israel participará do conselho internacional.
O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas.
▶️ Desmilitarização e anistia ao Hamas
Toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob monitoramento internacional.
Integrantes do Hamas poderiam entregar armas e receber anistia.
Quem desejasse sair teria passagem segura para outros países.
▶️ Segurança internacional e futuro político
Uma Força Internacional de Estabilização treinaria a polícia palestina.
Israel se retiraria gradualmente do território, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário.
O plano prevê caminho para autodeterminação palestina e coexistência pacífica.
VÍDEOS: mais assistidos do g1
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À AFP, um membro da cúpula do grupo terrorista disse sob condição de anonimato que o plano ainda não foi entregue pelo governo dos Estados Unidos.
“Não recebemos a proposta de Trump. Vamos analisá-la e responder quando a recebermos”, afirmou.
Já Mahmoud Mardawi, um dos dirigentes do Hamas, disse em entrevista à Al Jazeera que nenhuma versão escrita havia sido enviada pelo governo de Donald Trump. Não está claro se o grupo havia sido comunicado sobre o plano por meio de outros canais.
Em contrapartida, a agência Reuters informou que o primeiro-ministro do Catar e o chefe da inteligência do Egito compartilharam a proposta com o Hamas, segundo uma autoridade com conhecimento no assunto.
Ainda segundo a agência, negociadores do Hamas que participam das conversas para um cessar-fogo afirmaram aos mediadores que vão analisar o plano e fornecer uma resposta. Um prazo ainda não foi divulgado.
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Plano de paz
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, se encontra com Donald Trump na Casa Branca
REUTERS/Jonathan Ernst
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Segundo o plano, Gaza será transformada em uma zona “desradicalizada”, livre de grupos armados. O território também passará por reconstrução com apoio de um comitê palestino tecnocrático e de especialistas internacionais.
O grupo proposto pelos Estados Unidos atuará sob supervisão de um novo órgão internacional, o chamado “Conselho da Paz”, que será presidido por Trump. O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair também deve integrar a estrutura. Não está claro se Israel participará do conselho.
A proposta esclarece que o Hamas teria até 72 horas para devolver todos os reféns israelenses mantidos em Gaza. Confira detalhes mais abaixo.
Em uma coletiva de imprensa, Trump afirmou que se o Hamas rejeitar a proposta, os Estados Unidos apoiarão medidas militares para eliminar o grupo terrorista de forma definitiva.
Ao lado de Trump, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que concorda com o plano e afirmou que Israel irá avançar na ofensiva caso o Hamas não aceite os termos propostos pelos EUA.
“Se o Hamas rejeitar seu plano, senhor presidente, ou se supostamente aceitá-lo e depois basicamente fizer de tudo para contrariá-lo, então Israel concluirá o trabalho por conta própria”, disse Netanyahu.
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Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas seriam autorizados.
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Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assumiria a gestão local.
Esse órgão seria supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump.
Não está claro se Israel participará do conselho internacional.
O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas.
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Toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob monitoramento internacional.
Integrantes do Hamas poderiam entregar armas e receber anistia.
Quem desejasse sair teria passagem segura para outros países.
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