Afeganistão diz que mais de 50 soldados paquistaneses foram mortos em confronto
Paquistão fechou a fronteira com o Afeganistão neste domingo (12), após trocas de tiros entre as forças dos dois países durante a noite. Autoridades afegãs afirmam ter matado 58 soldados paquistaneses no confronto.
Tropas afegãs abriram fogo contra postos de fronteira paquistaneses na noite de sábado (11), com o Ministério da Defesa do país afirmando que a ação foi uma retaliação aos ataques aéreos paquistaneses no Afeganistão no início da semana. O Paquistão afirmou ter respondido com tiros de canhão e artilharia.
Pessoas passam por veículos estacionados com pertences de cidadãos afegãos, enquanto retornam ao seu país, depois do Paquistão fechar a fronteira.
Saeed Ali Achakzai/Reuters
O Afeganistão também informou que 20 soldados afegãos foram mortos ou feridos. O Exército do Paquistão disse ter matado mais de 200 “terroristas do Talibã e aliados” em confrontos na fronteira.
Não houve resposta imediata do Paquistão. Autoridades de segurança paquistanesas disseram que causaram baixas às forças afegãs, mas não divulgaram números. A Reuters não conseguiu verificar as contas de forma independente.
Ambas as nações alegaram ter destruído postos de fronteira um do outro. Autoridades de segurança paquistanesas compartilharam imagens de vídeo que, segundo elas, mostram postos afegãos sendo atingidos.
Rápido conflito
A troca de tiros havia praticamente terminado na manhã de domingo, disseram autoridades de segurança paquistanesas. Mas na região de Kurram, no Paquistão, tiroteios intermitentes continuaram, de acordo com autoridades locais e moradores.
Caminhões estacionados na passagem de fronteira de Torkham, depois que o Paquistão fechou as passagens de fronteira com o Afeganistão.
Shahid Shinwari/Reuters
O Ministério da Defesa do Afeganistão havia dito anteriormente que a operação havia terminado à meia-noite, horário local.
Cabul anunciou no domingo que havia suspendido os ataques a pedido do Catar e da Arábia Saudita. Os dois países do Golfo Árabe divulgaram declarações de preocupação com os confrontos.
“Não há nenhum tipo de ameaça em qualquer parte do território afegão “, disse o porta-voz do governo talibã, Zabihullah Mujahid, no domingo. “O Emirado Islâmico e o povo do Afeganistão defenderão suas terras e permanecerão resolutos e comprometidos com essa defesa.”
Mujahid disse que os combates estavam em andamento em algumas áreas.
Islamabad acusa o governo do Talibã de abrigar militantes que atacam o Paquistão , uma acusação que Cabul nega.
Homem passa por veículos estacionados com pertences de cidadãos afegãos.
Saeed Ali Achakzai/Reuters
Fechamento de fronteiras
As duas principais travessias de fronteira do Paquistão com o Afeganistão, em Torkham e Chaman, foram fechadas, segundo informaram autoridades locais. Pelo menos três travessias menores, em Kharlachi, Angoor Adda e Ghulam Khan, também foram fechadas.
Não houve comentários imediatos de Cabul sobre o fechamento da fronteira. O Afeganistão, sem litoral, tem uma fronteira de 2.600 km (1.600 milhas) com o Paquistão.
Os ataques aéreos paquistaneses, não oficialmente reconhecidos por Islamabad, tiveram como alvo o líder do grupo militante Tehreek-e-Taliban Paquistão (TTP) em Cabul na quinta-feira (9), de acordo com uma autoridade de segurança paquistanesa. Não está claro se ele sobreviveu.
O TTP tem lutado para derrubar o governo de Islamabad e substituí-lo por um sistema de governança estritamente islâmico. Mujahid negou que os combatentes do TTP tenham permissão para operar em solo afegão.
O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, diz que o Afeganistão matou, ao menos 58 soldados paquistaneses. Imagem de agosto de 2021.
Reuters
Paquistão fechou a fronteira com o Afeganistão neste domingo (12), após trocas de tiros entre as forças dos dois países durante a noite. Autoridades afegãs afirmam ter matado 58 soldados paquistaneses no confronto.
Tropas afegãs abriram fogo contra postos de fronteira paquistaneses na noite de sábado (11), com o Ministério da Defesa do país afirmando que a ação foi uma retaliação aos ataques aéreos paquistaneses no Afeganistão no início da semana. O Paquistão afirmou ter respondido com tiros de canhão e artilharia.
Pessoas passam por veículos estacionados com pertences de cidadãos afegãos, enquanto retornam ao seu país, depois do Paquistão fechar a fronteira.
Saeed Ali Achakzai/Reuters
O Afeganistão também informou que 20 soldados afegãos foram mortos ou feridos. O Exército do Paquistão disse ter matado mais de 200 “terroristas do Talibã e aliados” em confrontos na fronteira.
Não houve resposta imediata do Paquistão. Autoridades de segurança paquistanesas disseram que causaram baixas às forças afegãs, mas não divulgaram números. A Reuters não conseguiu verificar as contas de forma independente.
Ambas as nações alegaram ter destruído postos de fronteira um do outro. Autoridades de segurança paquistanesas compartilharam imagens de vídeo que, segundo elas, mostram postos afegãos sendo atingidos.
Rápido conflito
A troca de tiros havia praticamente terminado na manhã de domingo, disseram autoridades de segurança paquistanesas. Mas na região de Kurram, no Paquistão, tiroteios intermitentes continuaram, de acordo com autoridades locais e moradores.
Caminhões estacionados na passagem de fronteira de Torkham, depois que o Paquistão fechou as passagens de fronteira com o Afeganistão.
Shahid Shinwari/Reuters
O Ministério da Defesa do Afeganistão havia dito anteriormente que a operação havia terminado à meia-noite, horário local.
Cabul anunciou no domingo que havia suspendido os ataques a pedido do Catar e da Arábia Saudita. Os dois países do Golfo Árabe divulgaram declarações de preocupação com os confrontos.
“Não há nenhum tipo de ameaça em qualquer parte do território afegão “, disse o porta-voz do governo talibã, Zabihullah Mujahid, no domingo. “O Emirado Islâmico e o povo do Afeganistão defenderão suas terras e permanecerão resolutos e comprometidos com essa defesa.”
Mujahid disse que os combates estavam em andamento em algumas áreas.
Islamabad acusa o governo do Talibã de abrigar militantes que atacam o Paquistão , uma acusação que Cabul nega.
Homem passa por veículos estacionados com pertences de cidadãos afegãos.
Saeed Ali Achakzai/Reuters
Fechamento de fronteiras
As duas principais travessias de fronteira do Paquistão com o Afeganistão, em Torkham e Chaman, foram fechadas, segundo informaram autoridades locais. Pelo menos três travessias menores, em Kharlachi, Angoor Adda e Ghulam Khan, também foram fechadas.
Não houve comentários imediatos de Cabul sobre o fechamento da fronteira. O Afeganistão, sem litoral, tem uma fronteira de 2.600 km (1.600 milhas) com o Paquistão.
Os ataques aéreos paquistaneses, não oficialmente reconhecidos por Islamabad, tiveram como alvo o líder do grupo militante Tehreek-e-Taliban Paquistão (TTP) em Cabul na quinta-feira (9), de acordo com uma autoridade de segurança paquistanesa. Não está claro se ele sobreviveu.
O TTP tem lutado para derrubar o governo de Islamabad e substituí-lo por um sistema de governança estritamente islâmico. Mujahid negou que os combatentes do TTP tenham permissão para operar em solo afegão.
O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, diz que o Afeganistão matou, ao menos 58 soldados paquistaneses. Imagem de agosto de 2021.
Reuters