Ataque dos EUA à Venezuela foi feito pela CIA em porto e mirou Trem de Aragua, diz jornalAtaque dos EUA à Venezuela foi feito pela CIA em porto e mirou Trem de Aragua, diz jornal
EUA fazem 1º ataque contra a Venezuela
O primeiro ataque das forças dos Estados Unidos dentro da Venezuela foi conduzido pela CIA, a Agência Central de Inteligência dos EUA, e alvejou um porto supostamente usado por narcotraficantes, de acordo com uma reportagem do jornal “The New York Times” com base em fontes do governo norte-americano.
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👉 O ataque, segundo Washington, ocorreu na semana passada, mas foi anunciado apenas na segunda-feira (29) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (leia mais abaixo). Trump, no entanto, não detalhou nem o alvo da ofensiva e nem quem a conduziu.
De acordo com as fontes ouvidas pelo The New York Times, a ação ocorreu em um porto em território venezuelano que Washington diz acreditar ser uma das bases das operações da gangue Trem de Aragua.
No local, o grupo estocava narcóticos e preparava barcos para levar as drogas aos Estados Unidos, ainda de acordo com as fontes do jornal norte-americano. Ainda de acordo com a reportagem, ninguém morreu na ofensiva dos EUA.
O governo de Donald Trump ainda não havia confirmado as informações até a última atualização desta reportagem.
Ataque
Estados Unidos aumentam pressão sobre Venezuela.
Reprodução/TV Globo
Trump anunciou na segunda-feira (29) que forças americanas atacaram uma instalação usada pelo narcotráfico na Venezuela.
Ao ser questionado por jornalistas, Trump disse que houve “uma grande explosão na área do cais onde eles carregam os barcos com drogas”. Segundo ele, a área “não existe mais”. Ele não respondeu se os Estados Unidos pretendem realizar novos ataques contra o país.
Trump também afirmou apenas que o ataque ocorreu ao longo da costa venezuelana, sem especificar o local.
O presidente norte-americano já havia mencionado a operação na sexta-feira (26), durante entrevista à rádio WABC, de Nova York, mas sem confirmar o local do ataque. Na ocasião, a declaração passou quase despercebida.
No domingo (28), o jornal The New York Times informou que integrantes do governo americano disseram que Trump se referia a uma instalação usada por narcotraficantes na Venezuela. A confirmação oficial só veio nesta segunda-feira, após perguntas da imprensa.
Na entrevista à WABC, Trump afirmou que os Estados Unidos haviam atingido “uma grande fábrica ou uma grande instalação de onde saem os barcos” e disse que o local havia sido “eliminado” dois dias antes.
Ele não deu detalhes sobre a operação nem mencionou diretamente a Venezuela naquele momento.
Até então, o governo Trump vinha divulgando apenas ações em mar aberto contra lanchas supostamente usadas por narcotraficantes, além da apreensão de petroleiros ligados ao regime venezuelano.
Este é o primeiro ataque confirmado em território venezuelano desde o início da campanha de pressão dos EUA contra o governo de Nicolás Maduro, que incluiu a movimentação de caças, navios de guerra e um porta-aviões no Caribe.
Até a última atualização desta reportagem, o Pentágono não havia se pronunciado sobre o ataque. O governo da Venezuela também não comentou a ação.
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Maduro pressionado
Nicolás Maduro discursa durante manifestação na Venezuela
Stringer/AFP
Em novembro, a imprensa internacional informou que os Estados Unidos estavam prestes a iniciar uma nova fase de operações relacionadas à Venezuela.
À época, duas autoridades americanas disseram à Reuters que operações encobertas provavelmente seriam a primeira etapa das novas ações contra Maduro.
A pressão contra o regime venezuelano começou em agosto, quando os EUA elevaram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levassem à prisão do presidente venezuelano. No mesmo mês, o governo americano enviou um forte aparato militar para o Mar do Caribe.
No início da operação, a Casa Branca afirmava que o reforço militar na região fazia parte de um esforço para combater o narcotráfico internacional. Com o tempo, autoridades passaram a dizer, sob anonimato, que o objetivo final da ação seria derrubar o governo de Maduro.
Trump e o presidente venezuelano chegaram a conversar por telefone em novembro. No entanto, segundo a imprensa americana, os contatos terminaram sem avanços, já que Maduro teria demonstrado resistência em deixar o poder.
Além disso, de acordo com o jornal The New York Times, os Estados Unidos têm interesse em assumir o controle das reservas de petróleo da Venezuela, consideradas as maiores do mundo.
Nas últimas semanas, militares americanos apreenderam navios petroleiros da Venezuela. Trump também determinou um bloqueio contra embarcações alvos de sanções e acusou Maduro de roubar os EUA.
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By Marsescritor

MARSESCRITOR tem formação em Letras, é também escritor com 10 livros publicados.