Comandante da Otan fala em possível 'ataque preventivo' contra a Rússia, e Moscou rebate ameaça<div>Comandante da Otan fala em possível 'ataque preventivo' contra a Rússia, e Moscou rebate ameaça</div>
Delegações da Rússia e dos EUA fazem reunião nos Emirados Árabes e discutem plano de paz para Ucrânia
A Rússia classificou as declarações dadas pelo oficial militar de mais alta patente da Otan, sobre um possível “ataque preventivo” contra o país, como “extremamente irresponsáveis ​​e uma tentativa de escalada do conflito” nesta segunda-feira (1º).
Em entrevista ao “Financial Times”, o almirante Giuseppe Cavo Dragone afirmou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte estava considerando “ser mais agressiva contra a guerra híbrida” promovida por Moscou e que a ofensiva poderia ser considerada uma “ação defensiva”.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, classificou as falas como “um passo extremamente irresponsável”, indicando a indisposição da aliança pela paz.
“Vemos nisso uma tentativa deliberada de minar os esforços para superar a crise ucraniana. As pessoas que fazem tais declarações devem estar cientes dos riscos e das possíveis consequências, inclusive para os próprios membros da aliança”, declarou.
Proposta de paz dos EUA
Pessoas observam prédio residencial destruído após ataque russo em Ternopil, no oeste da Ucrânia, em 19 de novembro de 2025.
AP Photo/Vlad Kravchuk
Neste momento, um plano de paz elaborado pelos Estados Unidos está sendo debatido entre autoridades russas e da Ucrânia.
De acordo com agências de notícia, a proposta prevê que o governo ucraniano ceda as regiões de Donetsk e Luhansk à Rússia, além de algumas armas e a assinatura de um “acordo de não agressão” entre Rússia, Ucrânia e Europa.
Segundo a Reuters, o plano de paz, que tem 28 pontos, baseou-se em um documento de autoria russa apresentado ao governo Donald Trump em outubro.
Durante uma viagem, no fim da semana passada, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reforçou suas principais exigências para o fim da guerra na Ucrânia, afirmando que a Rússia só abandonará as armas se as tropas de Kiev se retirarem do território reivindicado por Moscou.
Na quarta-feira (26), a tensão aumentou ainda mais depois do vazamento de uma conversa entre o principal negociador dos Estados Unidos e um assessor do presidente russo.
Um dia antes, autoridades dos dois países se reuniram nos Emirados Árabes para discutir o plano de paz americano para a guerra na Ucrânia.
Em uma mensagem na rede Truth Social, Trump informou que se reunirá com Putin e Zelensky somente “quando o acordo para terminar com esta guerra esteja concluído ou tenha alcançado as fases finais” de negociação.
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By Marsescritor

MARSESCRITOR tem formação em Letras, é também escritor com 10 livros publicados.