Maior incêndio da temporada na França deixa uma pessoa morta e se espalha por cidades
Uma pessoa morreu e outras nove ficaram feridas vítimas de um incêndio de grandes proporções que atingiu povoados e uma áerea florestal no sul da França nesta quarta-feira (6).
O incêndio, que começou na terça-feira no departamento de Aude, é o maior registrado na França desde o início do verão do Hemisfério Norte, em junho. As chamas já se propagaram por 15 municípios e 15.000 hectares de área florestal (veja imagem acima).
O fogo começou em uma área florestal e se espalhou por municípios e povoados da região. No de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, uma mulher idosa morreu em sua residência e outras duas pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave por conta de queimaduras, segundo a prefeitura local.
Além deles, sete bombeiros também ficaram feridos por inalação de fumaça. Uma pessoa estava desaparecida por conta do incêndio até a última atualização desta reportagem.
As autoridades mobilizaram 1.200 bombeiros, que, ao longo do dia, tentaram conter as chamas.
“O incêndio segue muito ativo e a situação segue sendo desfavorável” devido à seca, ao calor e ao “forte” vento”, disse a secretária-geral da prefeitura de Aude, Lucie Roesch, à agência de notícias AFP no início do dia.
Carro em rua de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, no sul da França, fica carbonizado após região ser atingida por incêndio, em 6 de agosto de 2025.
Manon Cruz/ Reuters
Imagem aérea mostra proporção de incêndio que atingiu área florestal e povoados como Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, no sul da França, em 6 de agosto de 2025.
Securite Civile/ Reuters
A autoestrada A9, que percorre a costa mediterrânea entre a França e Espanha, permaneceu fechada na noite de terça-feira e na tarde desta quarta entre as cidades francesas de Narbona e Perpignan, assim como diversas rodovias secundárias.
Dois campings e pelo menos um povoado foram parcialmente evacuados pelo incêndio, que danificou 25 casas e 35 carros, e deixou 2.500 residências sem eletricidade, segundo um balanço provisório.
‘Nunca tive tanto medo’
Transmissão ao vivo g1
O morador de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse David Cerdan, de 51 anos, vive a cerca de cem metros da mulher que morreu por conta do incêndio. A casa da vítima e outras residências foram destruídas pelas chamas.
“Só tenho danos materiais”, disse Cerda à AFP. As chamas queimaram somente seu jardim.
Ao longe, os vinhedos são as únicas manchas verdes visíveis no meio de uma paisagem que se tornou acinzentada pelas chamas.
Na noite de terça-feira, Jacques Lavergne, de 68 anos, foi buscar sua sogra de 90 anos no povoado próximo de Tournissan para colocá-la em segurança. Ele conseguiu no último instante.
“Nunca senti tanto medo. As chamas não estavam longe. Houve uma rajada de vento e senti o calor”, confessa.
Na localidade costeira de Port-la-Nouvelle, a cerca de 30 quilômetros do incêndio, “o ar é sufocante, com aquele cheiro de queimado que se infiltrou nas casas durante a noite”, explicou um residente, Serge de Souza.
‘Máxima precaução’
Bombeiros tentam conter chamas durante incêndio que atingiu o sul da França, em 5 de agosto de 2025.
Securite Civile via Reuters
O incêndio é o maior já registrado na França até agora em um verão no qual já ocorreram cerca de 9.000 incêndios, principalmente ao longo da costa mediterrânea, segundo o serviço de gestão de emergências.
“Todos os recursos do país foram mobilizados”, declarou o presidente francês, Emmanuel Macron, que pediu “máxima precaução” à população local.
A Justiça da região abriu uma investigação para determinar as causas do incêndio, que começou na tarde de terça-feira na região de Ribaute, mas até o momento não privilegiam nenhuma pista, segundo Roesh.
As poucas precipitações e o aumento das áreas queimadas nos últimos anos em Aude agravaram a situação, assim como a eliminação de vinhedos que costumavam ajudar a conter o avanço dos incêndios.
A frequência dos incêndios florestais está cobrando um preço aos residentes locais, segundo Aude Damesin, que vive na localidade de Fabrezan.
“Acho trágico ver tantos incêndios desde o começo do verão”, afirmou. “É terrível para a fauna, a flora e para as pessoas que estão perdendo tudo”.
Uma pessoa morreu e outras nove ficaram feridas vítimas de um incêndio de grandes proporções que atingiu povoados e uma áerea florestal no sul da França nesta quarta-feira (6).
O incêndio, que começou na terça-feira no departamento de Aude, é o maior registrado na França desde o início do verão do Hemisfério Norte, em junho. As chamas já se propagaram por 15 municípios e 15.000 hectares de área florestal (veja imagem acima).
O fogo começou em uma área florestal e se espalhou por municípios e povoados da região. No de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, uma mulher idosa morreu em sua residência e outras duas pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave por conta de queimaduras, segundo a prefeitura local.
Além deles, sete bombeiros também ficaram feridos por inalação de fumaça. Uma pessoa estava desaparecida por conta do incêndio até a última atualização desta reportagem.
As autoridades mobilizaram 1.200 bombeiros, que, ao longo do dia, tentaram conter as chamas.
“O incêndio segue muito ativo e a situação segue sendo desfavorável” devido à seca, ao calor e ao “forte” vento”, disse a secretária-geral da prefeitura de Aude, Lucie Roesch, à agência de notícias AFP no início do dia.
Carro em rua de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, no sul da França, fica carbonizado após região ser atingida por incêndio, em 6 de agosto de 2025.
Manon Cruz/ Reuters
Imagem aérea mostra proporção de incêndio que atingiu área florestal e povoados como Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, no sul da França, em 6 de agosto de 2025.
Securite Civile/ Reuters
A autoestrada A9, que percorre a costa mediterrânea entre a França e Espanha, permaneceu fechada na noite de terça-feira e na tarde desta quarta entre as cidades francesas de Narbona e Perpignan, assim como diversas rodovias secundárias.
Dois campings e pelo menos um povoado foram parcialmente evacuados pelo incêndio, que danificou 25 casas e 35 carros, e deixou 2.500 residências sem eletricidade, segundo um balanço provisório.
‘Nunca tive tanto medo’
Transmissão ao vivo g1
O morador de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse David Cerdan, de 51 anos, vive a cerca de cem metros da mulher que morreu por conta do incêndio. A casa da vítima e outras residências foram destruídas pelas chamas.
“Só tenho danos materiais”, disse Cerda à AFP. As chamas queimaram somente seu jardim.
Ao longe, os vinhedos são as únicas manchas verdes visíveis no meio de uma paisagem que se tornou acinzentada pelas chamas.
Na noite de terça-feira, Jacques Lavergne, de 68 anos, foi buscar sua sogra de 90 anos no povoado próximo de Tournissan para colocá-la em segurança. Ele conseguiu no último instante.
“Nunca senti tanto medo. As chamas não estavam longe. Houve uma rajada de vento e senti o calor”, confessa.
Na localidade costeira de Port-la-Nouvelle, a cerca de 30 quilômetros do incêndio, “o ar é sufocante, com aquele cheiro de queimado que se infiltrou nas casas durante a noite”, explicou um residente, Serge de Souza.
‘Máxima precaução’
Bombeiros tentam conter chamas durante incêndio que atingiu o sul da França, em 5 de agosto de 2025.
Securite Civile via Reuters
O incêndio é o maior já registrado na França até agora em um verão no qual já ocorreram cerca de 9.000 incêndios, principalmente ao longo da costa mediterrânea, segundo o serviço de gestão de emergências.
“Todos os recursos do país foram mobilizados”, declarou o presidente francês, Emmanuel Macron, que pediu “máxima precaução” à população local.
A Justiça da região abriu uma investigação para determinar as causas do incêndio, que começou na tarde de terça-feira na região de Ribaute, mas até o momento não privilegiam nenhuma pista, segundo Roesh.
As poucas precipitações e o aumento das áreas queimadas nos últimos anos em Aude agravaram a situação, assim como a eliminação de vinhedos que costumavam ajudar a conter o avanço dos incêndios.
A frequência dos incêndios florestais está cobrando um preço aos residentes locais, segundo Aude Damesin, que vive na localidade de Fabrezan.
“Acho trágico ver tantos incêndios desde o começo do verão”, afirmou. “É terrível para a fauna, a flora e para as pessoas que estão perdendo tudo”.