Programa de Jimmy Kimmel é tirado do ar pós comentários sobre morte de Charlie Kirk
A suspensão do programa “Jimmy Kimmel Live!” por tempo indeterminado nesta quarta-feira (17) pela rede americana ABC lembrou uma frase dita pelo presidente Donald Trump depois que Stephen Colbert anunciou, no ar, o encerramento da franquia ‘The Late Show’, em julho deste ano.
“O que estão dizendo, e de forma séria, é que Jimmy Kimmel é o PRÓXIMO a cair no sem talento ‘Late Night Sweepstakes [brincadeira com ‘Late Night Show’, nome do programa e ‘sweepstake’, uma espécie de bolão], e logo depois, Fallon também vai cair”, escreveu o presidente na época.
O presidente americano disse também que os apresentadores, três grandes nomes da TV americana, “destroem” o que ele chamou de uma “ótima televisão”.
“Essas pessoas não tem, absolutamente, NENHUM TALENTO, e recebem milhões de dólares para, em todos os casos, destruir o que costumava ser uma ÓTIMA televisão. É ótimo ver eles caindo, e eu espero que eu tenha contribuido em grande parte para isso”, continuou
Assim como o cancelamento do ‘The Late Show’, Trump comemorou a suspensão do “Jimmy Kimmel Live!”
“Grande notícia para os Estados Unidos: o programa com problemas de audiência de Jimmy Kimmel foi CANCELADO. Parabéns à ABC por finalmente ter a coragem de fazer o que precisava ser feito. Kimmel não tem TALENTO NENHUM e tem índices de audiência piores até que os de [Stephen] Colbert — se é que isso é possível”, afirmou Trump em publicação em sua rede social Truth Social na noite de quarta-feira (18).
Jimmy Kimmel e Stephen Colbert foram alvos de críticas do presidente Donald Trump.
Reprodução/ABC/REUTERS/Caitlin Ochs/File Photo
Entenda o que aconteceu
O programa “Jimmy Kimmel Live!” foi suspenso na noite desta quarta-feira depois de que o apresentador fez comentários sobre o acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk. O talk-show tem grande audiência nos Estados Unidos.
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Em um monólogo na segunda-feira (15), Kimmel sugeriu que o acusado, Tyler Robinson, seria um republicano pró-Trump.
“A turma do MAGA está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles e fazendo de tudo para tirar proveito político disso”, afirmou, segundo a imprensa americana. “Entre uma acusação e outra, também houve luto.”
➡️ Charlie Kirk foi assassinado durante um evento na Universidade Utah Valley na quarta-feira (10). Ele se apresentava como conservador, alinhado ao movimento Make America Great Again (MAGA) e era considerado um aliado do presidente Donald Trump. Tyler Robinson foi preso na sexta (12) e indiciado por homicídio qualificado.
Andrew Alford, presidente da divisão de transmissão da Nexstar, responsável pela exibição do programa de Kimmel em afiliadas da ABC, classificou os comentários do apresentador como “ofensivos e insensíveis em um momento crítico do debate político nacional”.
Mais cedo nesta quarta-feira, o presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, havia pedido que as emissoras locais parassem de transmitir o programa. Ele também ameaçou adotar “medidas” contra a ABC e a Disney.
O presidente Donald Trump comemorou a suspensão do programa em uma rede social e disse que o apresentador “não tem talento nenhum”.
Jimmy Kimmel é muito popular nos Estados Unidos. O comediante já apresentou quatro edições do Oscar. Seu programa, “Jimmy Kimmel Live!”, estava regularmente no ar havia mais de 20 anos.
Na atração, Kimmel faz piadas sobre acontecimentos semanais dos Estados Unidos e do mundo, além de entrevistar artistas reconhecidos globalmente. Em janeiro, a atriz Fernanda Torres esteve no programa para promover o filme “Ainda Estou Aqui”.
LEIA TAMBÉM:
REPERCUSSÃO: Cancelamento de Jimmy Kimmel revolta artistas e políticos nos EUA
CONHEÇA: Quem é Jimmy Kimmel, apresentador de programa suspenso após fala sobre morte de Charlie Kirk
DIVISÃO POLÍTICA: Obama adverte sobre ‘crise política sem precedentes’ nos EUA após assassinato de Charlie Kirk
Atentado
VÍDEO mostra momento em que Charlie Kirk é baleado durante evento em universidade nos EUA
A aparição de Kirk na universidade de Utah era a primeira de uma turnê que passaria por 15 instituições de ensino americanas. Antes de ser baleado, Kirk estava sentado no que ele chama de mesa “Me prove que estou errado” para responder às perguntas da plateia.
Uma gravação registrou o exato momento em que Kirk foi baleado. Nas imagens, Kirk aparece sentado em uma tenda, discursando para uma grande multidão ao ar livre, quando um barulho de tiro é ouvido. O ativista, então, tombou da cadeira. Ao perceber o ocorrido, várias pessoas correram. Veja acima.
Segundo a universidade, Kirk foi levado ao hospital por seguranças particulares e passou por uma cirurgia. Cerca de uma hora depois, Trump confirmou a morte do ativista em uma rede social.
A presença de Kirk na universidade dividiu opiniões. Uma petição online reuniu quase 1.000 assinaturas para que ele não fosse à instituição. Apesar disso, a universidade manteve o evento, citando a Primeira Emenda e seu “compromisso com a liberdade de expressão, a investigação intelectual e o diálogo construtivo”.
Embora o motivo do ataque seja desconhecido, os EUA atravessam o período mais prolongado de violência política desde a década de 1970, segundo a Reuters. A agência documentou mais de 300 casos de atos violentos motivados politicamente desde que apoiadores de Trump atacaram o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
Acusado detido
Tyler Robinson, suspeito de matar o ativista e apoiador de Trump, Charlie Kirk
Governo de Utah via AP
Na terça-feira (16), a Promotoria de Utah anunciou que acusou Tyler Robinson de uma série de crimes e que pediria à Justiça que ele fosse condenado à pena de morte.
Horas depois, o acusado participou de sua primeira audiência judicial, realizada de forma virtual. Ele apareceu sentado diante de uma parede branca, vestindo um colete verde. Robinson apenas disse o próprio nome e se manteve em silêncio.
Um documento divulgado pelas autoridades revelou que ele trocou mensagens com a namorada, de quem também era colega de quarto, logo após o crime. Segundo a Promotoria, Robinson mantinha um relacionamento amoroso com a colega de quarto, uma mulher transgênero.
Segundo os investigadores, Robinson enviou uma mensagem pedindo para que ela buscasse por um bilhete deixado sob um teclado. No papel, estava escrito: “Tenho a oportunidade de eliminar Charlie Kirk e vou aproveitá-la.”
Em seguida, eles começaram a trocar mensagens. Leia a seguir os trechos da conversa divulgados:
Namorada: O quê????????????????? Você tá brincando, né????
Tyler Robinson: Ainda estou bem, meu amor, mas estou preso em Orem por mais um tempo. Não deve demorar até eu poder voltar para casa, mas preciso pegar meu fuzil primeiro. Para ser honesto, eu esperava guardar esse segredo até morrer de velhice. Desculpa por te envolver nisso.
Namorada: Não foi você quem fez isso, né????
Tyler Robinson: Fui eu, desculpa.
Namorada: Achei que tinham prendido a pessoa?
Tyler Robinson: Não, eles pegaram um cara velho maluco, depois interrogaram alguém com uma roupa parecida. Eu tinha planejado pegar meu fuzil no local onde eu o joguei, mas a maior parte daquele lado da cidade foi colocada em lockdown. Tá quieto, quase dá para sair, mas ainda tem um veículo circulando.
Namorada: Por quê?
Tyler Robinson: Por que fiz isso?
Namorada: É.
Tyler Robinson: Eu já não aguentava mais o ódio dele. Tem ódio que não dá para negociar. Se eu conseguir pegar meu fuzil sem ser visto, não vou deixar nenhuma evidência. Vou tentar recuperar de novo, com sorte eles já seguiram em frente. Não vi nenhuma informação dizendo que eles o encontraram.
Quem foi Charlie Kirk?
Charlie Kirk em conferência de Maryland, nos EUA, em 2019
Kevin Lamarque/Reuters
Kirk era fundador do grupo estudantil conservador Turning Point USA e teve papel central na mobilização do apoio jovem a Trump nas campanhas presidenciais de 2016 e 2024. Seus eventos em universidades de todo o país costumavam atrair grandes multidões.
O Turning Point USA é uma organização sem fins lucrativos presente em mais de 3.500 escolas e universidades nos 50 estados americanos.
Em seus discursos, Kirk se apresentava como defensor de valores cristãos, do livre mercado e do movimento MAGA. Ele também era defensor de armas, duvidava do aquecimento global e era crítico da esquerda.
Kirk começou a se interessar pelo conservadorismo ainda no ensino médio, quando descobriu Rush Limbaugh, considerado uma das principais vozes conservadoras do rádio. Aos 18 anos, após ser rejeitado pela Academia Militar de West Point, ele decidiu não cursar a universidade e fundou a Turning Point.
Em 2016, a Turning Point decidiu apoiar a candidatura de Donald Trump. Na época, Kirk passou a atuar como assessor pessoal de Donald Trump Jr., filho do atual presidente, integrando assim o círculo próximo da família Trump.
Após a vitória republicana nas eleições de 2016, Kirk se tornou presença constante na Casa Branca e ganhou destaque na mídia, envolvendo-se também em polêmicas. Durante a pandemia, o perfil dele no antigo Twitter foi suspenso por divulgar informações falsas sobre a Covid-19.
Em 2020, Kirk questionou o resultado das eleições que deram a vitória a Joe Biden sobre Trump. Enquanto isso, em universidades e escolas, o ativista influenciava pais e estudantes a denunciarem professores que, segundo ele, promoviam o “marxismo” e a “ideologia de gênero”.
Além do ativismo, Kirk era autor de livros como “Campus Battlefield” (“Campo de batalha no campus”, em tradução livre), “The MAGA Doctrine” (“A doutrina MAGA”) e “The College Scam: How America’s Universities Are Bankrupting and Brainwashing Away The Future Of America’s Youth” (“A enganação da faculdade: como as universidades dos EUA estão falindo e doutrinando o futuro da juventude”).
Ele também apresentava o programa de rádio The Charlie Kirk Show, transmitido nacionalmente, e mantinha um podcast de grande audiência. O público combinado de suas redes sociais ultrapassava 14 milhões de seguidores.
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A suspensão do programa “Jimmy Kimmel Live!” por tempo indeterminado nesta quarta-feira (17) pela rede americana ABC lembrou uma frase dita pelo presidente Donald Trump depois que Stephen Colbert anunciou, no ar, o encerramento da franquia ‘The Late Show’, em julho deste ano.
“O que estão dizendo, e de forma séria, é que Jimmy Kimmel é o PRÓXIMO a cair no sem talento ‘Late Night Sweepstakes [brincadeira com ‘Late Night Show’, nome do programa e ‘sweepstake’, uma espécie de bolão], e logo depois, Fallon também vai cair”, escreveu o presidente na época.
O presidente americano disse também que os apresentadores, três grandes nomes da TV americana, “destroem” o que ele chamou de uma “ótima televisão”.
“Essas pessoas não tem, absolutamente, NENHUM TALENTO, e recebem milhões de dólares para, em todos os casos, destruir o que costumava ser uma ÓTIMA televisão. É ótimo ver eles caindo, e eu espero que eu tenha contribuido em grande parte para isso”, continuou
Assim como o cancelamento do ‘The Late Show’, Trump comemorou a suspensão do “Jimmy Kimmel Live!”
“Grande notícia para os Estados Unidos: o programa com problemas de audiência de Jimmy Kimmel foi CANCELADO. Parabéns à ABC por finalmente ter a coragem de fazer o que precisava ser feito. Kimmel não tem TALENTO NENHUM e tem índices de audiência piores até que os de [Stephen] Colbert — se é que isso é possível”, afirmou Trump em publicação em sua rede social Truth Social na noite de quarta-feira (18).
Jimmy Kimmel e Stephen Colbert foram alvos de críticas do presidente Donald Trump.
Reprodução/ABC/REUTERS/Caitlin Ochs/File Photo
Entenda o que aconteceu
O programa “Jimmy Kimmel Live!” foi suspenso na noite desta quarta-feira depois de que o apresentador fez comentários sobre o acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk. O talk-show tem grande audiência nos Estados Unidos.
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Em um monólogo na segunda-feira (15), Kimmel sugeriu que o acusado, Tyler Robinson, seria um republicano pró-Trump.
“A turma do MAGA está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles e fazendo de tudo para tirar proveito político disso”, afirmou, segundo a imprensa americana. “Entre uma acusação e outra, também houve luto.”
➡️ Charlie Kirk foi assassinado durante um evento na Universidade Utah Valley na quarta-feira (10). Ele se apresentava como conservador, alinhado ao movimento Make America Great Again (MAGA) e era considerado um aliado do presidente Donald Trump. Tyler Robinson foi preso na sexta (12) e indiciado por homicídio qualificado.
Andrew Alford, presidente da divisão de transmissão da Nexstar, responsável pela exibição do programa de Kimmel em afiliadas da ABC, classificou os comentários do apresentador como “ofensivos e insensíveis em um momento crítico do debate político nacional”.
Mais cedo nesta quarta-feira, o presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, havia pedido que as emissoras locais parassem de transmitir o programa. Ele também ameaçou adotar “medidas” contra a ABC e a Disney.
O presidente Donald Trump comemorou a suspensão do programa em uma rede social e disse que o apresentador “não tem talento nenhum”.
Jimmy Kimmel é muito popular nos Estados Unidos. O comediante já apresentou quatro edições do Oscar. Seu programa, “Jimmy Kimmel Live!”, estava regularmente no ar havia mais de 20 anos.
Na atração, Kimmel faz piadas sobre acontecimentos semanais dos Estados Unidos e do mundo, além de entrevistar artistas reconhecidos globalmente. Em janeiro, a atriz Fernanda Torres esteve no programa para promover o filme “Ainda Estou Aqui”.
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Atentado
VÍDEO mostra momento em que Charlie Kirk é baleado durante evento em universidade nos EUA
A aparição de Kirk na universidade de Utah era a primeira de uma turnê que passaria por 15 instituições de ensino americanas. Antes de ser baleado, Kirk estava sentado no que ele chama de mesa “Me prove que estou errado” para responder às perguntas da plateia.
Uma gravação registrou o exato momento em que Kirk foi baleado. Nas imagens, Kirk aparece sentado em uma tenda, discursando para uma grande multidão ao ar livre, quando um barulho de tiro é ouvido. O ativista, então, tombou da cadeira. Ao perceber o ocorrido, várias pessoas correram. Veja acima.
Segundo a universidade, Kirk foi levado ao hospital por seguranças particulares e passou por uma cirurgia. Cerca de uma hora depois, Trump confirmou a morte do ativista em uma rede social.
A presença de Kirk na universidade dividiu opiniões. Uma petição online reuniu quase 1.000 assinaturas para que ele não fosse à instituição. Apesar disso, a universidade manteve o evento, citando a Primeira Emenda e seu “compromisso com a liberdade de expressão, a investigação intelectual e o diálogo construtivo”.
Embora o motivo do ataque seja desconhecido, os EUA atravessam o período mais prolongado de violência política desde a década de 1970, segundo a Reuters. A agência documentou mais de 300 casos de atos violentos motivados politicamente desde que apoiadores de Trump atacaram o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
Acusado detido
Tyler Robinson, suspeito de matar o ativista e apoiador de Trump, Charlie Kirk
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Na terça-feira (16), a Promotoria de Utah anunciou que acusou Tyler Robinson de uma série de crimes e que pediria à Justiça que ele fosse condenado à pena de morte.
Horas depois, o acusado participou de sua primeira audiência judicial, realizada de forma virtual. Ele apareceu sentado diante de uma parede branca, vestindo um colete verde. Robinson apenas disse o próprio nome e se manteve em silêncio.
Um documento divulgado pelas autoridades revelou que ele trocou mensagens com a namorada, de quem também era colega de quarto, logo após o crime. Segundo a Promotoria, Robinson mantinha um relacionamento amoroso com a colega de quarto, uma mulher transgênero.
Segundo os investigadores, Robinson enviou uma mensagem pedindo para que ela buscasse por um bilhete deixado sob um teclado. No papel, estava escrito: “Tenho a oportunidade de eliminar Charlie Kirk e vou aproveitá-la.”
Em seguida, eles começaram a trocar mensagens. Leia a seguir os trechos da conversa divulgados:
Namorada: O quê????????????????? Você tá brincando, né????
Tyler Robinson: Ainda estou bem, meu amor, mas estou preso em Orem por mais um tempo. Não deve demorar até eu poder voltar para casa, mas preciso pegar meu fuzil primeiro. Para ser honesto, eu esperava guardar esse segredo até morrer de velhice. Desculpa por te envolver nisso.
Namorada: Não foi você quem fez isso, né????
Tyler Robinson: Fui eu, desculpa.
Namorada: Achei que tinham prendido a pessoa?
Tyler Robinson: Não, eles pegaram um cara velho maluco, depois interrogaram alguém com uma roupa parecida. Eu tinha planejado pegar meu fuzil no local onde eu o joguei, mas a maior parte daquele lado da cidade foi colocada em lockdown. Tá quieto, quase dá para sair, mas ainda tem um veículo circulando.
Namorada: Por quê?
Tyler Robinson: Por que fiz isso?
Namorada: É.
Tyler Robinson: Eu já não aguentava mais o ódio dele. Tem ódio que não dá para negociar. Se eu conseguir pegar meu fuzil sem ser visto, não vou deixar nenhuma evidência. Vou tentar recuperar de novo, com sorte eles já seguiram em frente. Não vi nenhuma informação dizendo que eles o encontraram.
Quem foi Charlie Kirk?
Charlie Kirk em conferência de Maryland, nos EUA, em 2019
Kevin Lamarque/Reuters
Kirk era fundador do grupo estudantil conservador Turning Point USA e teve papel central na mobilização do apoio jovem a Trump nas campanhas presidenciais de 2016 e 2024. Seus eventos em universidades de todo o país costumavam atrair grandes multidões.
O Turning Point USA é uma organização sem fins lucrativos presente em mais de 3.500 escolas e universidades nos 50 estados americanos.
Em seus discursos, Kirk se apresentava como defensor de valores cristãos, do livre mercado e do movimento MAGA. Ele também era defensor de armas, duvidava do aquecimento global e era crítico da esquerda.
Kirk começou a se interessar pelo conservadorismo ainda no ensino médio, quando descobriu Rush Limbaugh, considerado uma das principais vozes conservadoras do rádio. Aos 18 anos, após ser rejeitado pela Academia Militar de West Point, ele decidiu não cursar a universidade e fundou a Turning Point.
Em 2016, a Turning Point decidiu apoiar a candidatura de Donald Trump. Na época, Kirk passou a atuar como assessor pessoal de Donald Trump Jr., filho do atual presidente, integrando assim o círculo próximo da família Trump.
Após a vitória republicana nas eleições de 2016, Kirk se tornou presença constante na Casa Branca e ganhou destaque na mídia, envolvendo-se também em polêmicas. Durante a pandemia, o perfil dele no antigo Twitter foi suspenso por divulgar informações falsas sobre a Covid-19.
Em 2020, Kirk questionou o resultado das eleições que deram a vitória a Joe Biden sobre Trump. Enquanto isso, em universidades e escolas, o ativista influenciava pais e estudantes a denunciarem professores que, segundo ele, promoviam o “marxismo” e a “ideologia de gênero”.
Além do ativismo, Kirk era autor de livros como “Campus Battlefield” (“Campo de batalha no campus”, em tradução livre), “The MAGA Doctrine” (“A doutrina MAGA”) e “The College Scam: How America’s Universities Are Bankrupting and Brainwashing Away The Future Of America’s Youth” (“A enganação da faculdade: como as universidades dos EUA estão falindo e doutrinando o futuro da juventude”).
Ele também apresentava o programa de rádio The Charlie Kirk Show, transmitido nacionalmente, e mantinha um podcast de grande audiência. O público combinado de suas redes sociais ultrapassava 14 milhões de seguidores.
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