Reverendo Jimmy Swaggart realiza pregação em Los Angeles, em 29 de março de 1987
Mark Avery/AP Photo, arquivo
O televangelista americano Jimmy Swaggart morreu nesta terça-feira (1º) na cidade de Baton Rouge, na Louisiana, aos 90 anos.
Swaggart acumulou milhões de seguidores e um patrimônio igualmente multimilionário ao longo de seu ministério, caindo no ostracismo no fim da vida após a revelação de seu envolvimento em um escândalo sexual.
Sua morte foi anunciada na terça-feira em sua página pública do Facebook. A causa não foi imediatamente divulgada, embora aos 90 anos ele estivesse com problemas de saúde.
O reverendo morreu décadas depois que sua outrora vasta audiência diminuiu e seu nome virou piada na televisão dos EUA.
Nativo da Louisiana, o religioso era mais conhecido por ser um pregador pentecostal carismático com um enorme número de seguidores antes de ser filmado com uma prostituta em Nova Orleans em 1988.
Swaggart foi apenas um de uma série de televangelistas americanos bem-sucedidos que foram abalados nas décadas de 1980 e 1990 por escândalos sexuais. Ele continuou pregando por décadas, mas com uma audiência reduzida.
O religioso chegou a buscar sua redenção em um sermão emocionado, em 1988, no qual chorou e se desculpou, mas não fez nenhuma referência à sua ligação com uma prostituta.
“Pequei contra vocês”, disse Swaggart aos seguidores de todo o país. “Peço que me perdoem.”
Ele anunciou sua renúncia às Assembleias de Deus no final daquele ano, logo após a igreja anunciar que estava expulsando Swaggart por rejeitar a punição imposta por “falha moral”. A igreja queria que ele passasse por um programa de reabilitação de dois anos, incluindo a suspensão de pregações por um ano inteiro.
Swaggart disse na época que sabia que a demissão era inevitável, mas insistiu que não tinha escolha a não ser se desligar da igreja para salvar seu ministério e sua faculdade bíblica.
Primo de estrela do rock
Swaggart era filho de um pregador cresceu em uma família pobre, mas com grande tradição musical. Ele se destacou no piano e na música gospel, tocando e cantando com primos talentosos que seguiram caminhos diferentes: a estrela do rock Jerry Lee Lewis (1935-2022) e o cantor country Mickey Gilley (1936-2022).
Em sua cidade natal, Ferriday, Louisiana, Swaggart disse que ouviu o chamado de Deus pela primeira vez aos 8 anos. A voz lhe deu arrepios e fez seus cabelos formigarem, disse ele.
“Tudo pareceu diferente depois daquele dia em frente ao Arcade Theater”, disse ele em uma entrevista de 1985 ao Jacksonville Journal-Courier, em Illinois. “Eu me senti melhor por dentro. Quase como se estivesse tomando um banho.”
Ele pregou e trabalhou meio período em campos de petróleo até os 23 anos. Então, dedicou-se inteiramente ao ministério: pregando, tocando piano e cantando músicas gospel com o fervor do primo Lewis nos avivamentos e acampamentos das Assembleias de Deus.
Swaggart iniciou um programa de rádio, uma revista e depois passou para a televisão, sempre dando opiniões francas.
Ele chamou o catolicismo romano de “uma religião falsa. Não é o caminho cristão” e afirmou que os judeus sofreram por milhares de anos “por causa de sua rejeição a Cristo”.
“Se vocês não gostam do que eu digo, falem com meu chefe”, gritou ele certa vez enquanto caminhava em frente à sua congregação em seu Centro de Adoração Familiar em Baton Rouge, onde seus sermões inspiravam os ouvintes a falar em línguas e se levantar como se estivessem possuídos pelo Espírito Santo.
As mensagens de Swaggart comoveram milhares de fiéis e milhões de telespectadores, tornando-o um nome conhecido no final da década de 1980. Colaboradores transformaram o Ministério Jimmy Swaggart em um negócio que faturou cerca de US$ 142 milhões em 1986.
O complexo que ele montou em Baton Rouge incluía um centro de adoração, estúdios de gravação e equipamentos de transmissão.
Escândalo
Mark Avery/AP Photo, arquivo
O televangelista americano Jimmy Swaggart morreu nesta terça-feira (1º) na cidade de Baton Rouge, na Louisiana, aos 90 anos.
Swaggart acumulou milhões de seguidores e um patrimônio igualmente multimilionário ao longo de seu ministério, caindo no ostracismo no fim da vida após a revelação de seu envolvimento em um escândalo sexual.
Sua morte foi anunciada na terça-feira em sua página pública do Facebook. A causa não foi imediatamente divulgada, embora aos 90 anos ele estivesse com problemas de saúde.
O reverendo morreu décadas depois que sua outrora vasta audiência diminuiu e seu nome virou piada na televisão dos EUA.
Nativo da Louisiana, o religioso era mais conhecido por ser um pregador pentecostal carismático com um enorme número de seguidores antes de ser filmado com uma prostituta em Nova Orleans em 1988.
Swaggart foi apenas um de uma série de televangelistas americanos bem-sucedidos que foram abalados nas décadas de 1980 e 1990 por escândalos sexuais. Ele continuou pregando por décadas, mas com uma audiência reduzida.
O religioso chegou a buscar sua redenção em um sermão emocionado, em 1988, no qual chorou e se desculpou, mas não fez nenhuma referência à sua ligação com uma prostituta.
“Pequei contra vocês”, disse Swaggart aos seguidores de todo o país. “Peço que me perdoem.”
Ele anunciou sua renúncia às Assembleias de Deus no final daquele ano, logo após a igreja anunciar que estava expulsando Swaggart por rejeitar a punição imposta por “falha moral”. A igreja queria que ele passasse por um programa de reabilitação de dois anos, incluindo a suspensão de pregações por um ano inteiro.
Swaggart disse na época que sabia que a demissão era inevitável, mas insistiu que não tinha escolha a não ser se desligar da igreja para salvar seu ministério e sua faculdade bíblica.
Primo de estrela do rock
Swaggart era filho de um pregador cresceu em uma família pobre, mas com grande tradição musical. Ele se destacou no piano e na música gospel, tocando e cantando com primos talentosos que seguiram caminhos diferentes: a estrela do rock Jerry Lee Lewis (1935-2022) e o cantor country Mickey Gilley (1936-2022).
Em sua cidade natal, Ferriday, Louisiana, Swaggart disse que ouviu o chamado de Deus pela primeira vez aos 8 anos. A voz lhe deu arrepios e fez seus cabelos formigarem, disse ele.
“Tudo pareceu diferente depois daquele dia em frente ao Arcade Theater”, disse ele em uma entrevista de 1985 ao Jacksonville Journal-Courier, em Illinois. “Eu me senti melhor por dentro. Quase como se estivesse tomando um banho.”
Ele pregou e trabalhou meio período em campos de petróleo até os 23 anos. Então, dedicou-se inteiramente ao ministério: pregando, tocando piano e cantando músicas gospel com o fervor do primo Lewis nos avivamentos e acampamentos das Assembleias de Deus.
Swaggart iniciou um programa de rádio, uma revista e depois passou para a televisão, sempre dando opiniões francas.
Ele chamou o catolicismo romano de “uma religião falsa. Não é o caminho cristão” e afirmou que os judeus sofreram por milhares de anos “por causa de sua rejeição a Cristo”.
“Se vocês não gostam do que eu digo, falem com meu chefe”, gritou ele certa vez enquanto caminhava em frente à sua congregação em seu Centro de Adoração Familiar em Baton Rouge, onde seus sermões inspiravam os ouvintes a falar em línguas e se levantar como se estivessem possuídos pelo Espírito Santo.
As mensagens de Swaggart comoveram milhares de fiéis e milhões de telespectadores, tornando-o um nome conhecido no final da década de 1980. Colaboradores transformaram o Ministério Jimmy Swaggart em um negócio que faturou cerca de US$ 142 milhões em 1986.
O complexo que ele montou em Baton Rouge incluía um centro de adoração, estúdios de gravação e equipamentos de transmissão.
Escândalo