Rubio diz que relacionamento entre EUA e Brasil está em 'trajetória positiva' e não descarta encontro entre Trump e Maduro<div>Rubio diz que relacionamento entre EUA e Brasil está em 'trajetória positiva' e não descarta encontro entre Trump e Maduro</div>
Lula e Trump.
Ricardo Stuckert/PR
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou nesta sexta-feira (19) que as relações entre os Estados Unidos e o Brasil estão em uma “trajetória positiva” e que os EUA valorizam a boa relação entre os presidentes Donald Trump e Lula.
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Em coletiva de imprensa em Washington D.C., Rubio afirmou que os EUA buscarão progredir ainda mais as relações bilaterais com o Brasil.
“Acho que avançamos em algumas coisas com o presidente Lula, incluindo comércio, mas ainda há trabalho a ser feito. Os dois presidentes se deram bem, e achamos isso importante. Falei com o chanceler [brasileiro] no início desta semana e temos muitos temas em comum com o Brasil nos quais gostaríamos de trabalhar juntos. (…) Tivemos algumas divergências em algumas coisas ao longo dos anos também, mas sinto que esse relacionamento está numa trajetória positiva”, afirmou Rubio à jornalista da TV Globo Raquel Krahembuhl.
A fala de Rubio consolida uma mudança na relação entre o Brasil e os EUA, que em poucos meses foi de inexistente e com tarifas e sanções para amigável e com reconsiderações:
Tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros aplicadas pelos EUA entraram em vigor em agosto, e o governo Trump pressionou o Judiciário brasileiro contra o julgamento de Jair Bolsonaro no STF.
Após um breve encontro nos corredores da Assembleia Geral da ONU e uma cúpula oficial na Malásia, no entanto, a situação começou a mudar. Os EUA retiraram as tarifas para mais de 200 produtos brasileiros e revogaram a Lei Magnitsky que havia sido aplicada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, por exemplo.
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Perguntado se os EUA aceitarão a oferta de Lula para mediar a escalada de tensões e militar com a Venezuela, Rubio disse apenas que o governo Trump sabe da boa vontade do presidente brasileiro para ajudar.
O secretário de Estado americano também não descartou um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Além das declarações de Rubio, democratas do Congresso americano pediram, em carta publicada nesta sexta-feira, que o presidente Donald Trump desista do tarifaço imposto ao Brasil e adote ações que aprofundem as relações com o país.
Mesmo com a pressão de Trump, Bolsonaro foi condenado pelo STF, em setembro, a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado. Ele está preso na sede da PF em Brasília desde o final de novembro. Em dezembro, o Congresso brasileiro aprovou o PL da Dosimetria, que prevê reduzir drasticamente as penas recebidas pelos golpistas condenados.
Derrubada parcial do tarifaço e Magnitsky revogada
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O governo Lula conseguiu, no final de novembro, a derrubada do tarifaço dos Estados Unidos para alguns produtos brasileiros.
“A derrubada da taxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a vários produtos agrícolas brasileiros é uma vitória do diálogo, da diplomacia e do bom senso”, afirmou o presidente Lula.
A Casa Branca anunciou a retirada da tarifa de 40% para mais de 200 produtos brasileiros, entre eles carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. Eles foram incluídos em uma “lista de exceções” do tarifaço aplicado ao Brasil em agosto.
A decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que tratou sobre as tarifas.
Outra vitória para Lula foi a retirada das sanções da Lei Magnitsky ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

By Marsescritor

MARSESCRITOR tem formação em Letras, é também escritor com 10 livros publicados.