EUA bombardeiam mais um barco no Pacífico
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (23) que deve realizar ações militares em terra contra cartéis. Ele não citou diretamente a Venezuela. Segundo o presidente, o assunto deve ser discutido com o Congresso.
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O anúncio foi feito um dia após o bombardeio de uma embarcação no Oceano Pacífico, o nono ataque do tipo ocorrido na América do Sul. Segundo o Departamento de Guerra, o barco transportava drogas. Três pessoas morreram.
Em conversa com jornalistas, Trump afirmou que não precisará pedir ao Congresso uma declaração de guerra aos cartéis e reiterou que as operações irão continuar.
“Bem, não acho que vamos necessariamente pedir uma declaração de guerra. Acho que vamos apenas matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país. Certo? Vamos matá-las.”
A ofensiva de Trump contra o tráfico de drogas na região tem se intensificado nos últimos dias. Até então, os bombardeios haviam sido feitos apenas na região do Caribe, perto da costa venezuelana.
Os EUA dizem que a ofensiva mira o tráfico internacional de drogas, mas também acusam Nicolás Maduro de liderar um cartel classificado como organização narcoterrorista. O venezuelano nega.
O presidente norte-americano afirmou ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA) em território venezuelano.
Trump também acusa o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de ser um traficante que falha no combate aos narcóticos em seu país. O colombiano negou as acusações.
Essa não foi a primeira vez que Trump falou sobre possíveis ataques terrestres contra cartéis. Na semana passada, o presidente disse que estava estudando essa possibilidade.
Enquanto isso, segundo a imprensa americana, autoridades da Casa Branca afirmam que o governo está montando uma ação que teria como objetivo final derrubar o governo Maduro, na Venezuela.
Ao lado de Trump, o secretário de Guerra, Pete Hegseth, afirmou que os militares americanos irão caçar e matar todos os “terroristas” que traficam drogas para os Estados Unidos.
“Estas são organizações terroristas estrangeiras designadas. São o Estado Islâmico e a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental. Nossa mensagem para essas organizações terroristas estrangeiras é: trataremos vocês como tratamos a Al-Qaeda.”
Ainda na coletiva de imprensa, Trump negou que os Estados Unidos tenham enviados bombardeiros para a costa da Venezuela. Mais cedo, o jornal “The Wall Street Journal” reportou que aeronaves supersônicas realizarem uma “demonstração de ataque” perto da costa sul-americana.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante fala sobre cartéis em 23 de outubro de 2025
REUTERS/Jonathan Ernst
Bombardeios contra barcos
No início desta semana, ao ser questionado sobre se os EUA têm autoridade para bombardear embarcações em águas internacionais, Trump respondeu que sim. O presidente justificou as ações afirmando que 300 mil pessoas morrem nos EUA por ano por problemas relacionados às drogas.
Ele disse que os ataques no mar farão com que os traficantes passem a agir por terra — e que, nesse caso, ordenará ações terrestres com o aval do Congresso.
“Nós vamos atingi-los muito forte quando eles vierem por terra. E provavelmente iremos ao Congresso e explicaremos exatamente o que estamos fazendo, quando chegarmos por terra.”
A presença militar americana no Caribe inclui ainda destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6,5 mil militares.
Nas últimas semanas, as ofensivas americanas foram criticadas por analistas. Na terça-feira (21), um grupo independente de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que os bombardeios violam o direito internacional e constituem execuções extrajudiciais.
O grupo, nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos, disse que os ataques violam a soberania do país sul-americano e as “obrigações internacionais fundamentais” dos EUA de não intervir em assuntos domésticos ou ameaçar usar força armada contra outro país.
Apesar da justificativa de Trump de combater o tráfico de drogas, os especialistas apontam que “mesmo que tais alegações fossem comprovadas, o uso de força letal em águas internacionais sem base legal adequada viola o direito internacional do mar e equivale a execuções extrajudiciais”.
“Esses movimentos são uma escalada extremamente perigosa com graves implicações para a paz e a segurança na região do Caribe”, disseram eles em um comunicado.
O grupo afirmou ter entrado em contato com os EUA sobre o assunto e disse que uma ação militar secreta ou direta contra outro Estado soberano constituiria “uma violação ainda mais grave” da Carta da ONU.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (23) que deve realizar ações militares em terra contra cartéis. Ele não citou diretamente a Venezuela. Segundo o presidente, o assunto deve ser discutido com o Congresso.
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O anúncio foi feito um dia após o bombardeio de uma embarcação no Oceano Pacífico, o nono ataque do tipo ocorrido na América do Sul. Segundo o Departamento de Guerra, o barco transportava drogas. Três pessoas morreram.
Em conversa com jornalistas, Trump afirmou que não precisará pedir ao Congresso uma declaração de guerra aos cartéis e reiterou que as operações irão continuar.
“Bem, não acho que vamos necessariamente pedir uma declaração de guerra. Acho que vamos apenas matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país. Certo? Vamos matá-las.”
A ofensiva de Trump contra o tráfico de drogas na região tem se intensificado nos últimos dias. Até então, os bombardeios haviam sido feitos apenas na região do Caribe, perto da costa venezuelana.
Os EUA dizem que a ofensiva mira o tráfico internacional de drogas, mas também acusam Nicolás Maduro de liderar um cartel classificado como organização narcoterrorista. O venezuelano nega.
O presidente norte-americano afirmou ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA) em território venezuelano.
Trump também acusa o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de ser um traficante que falha no combate aos narcóticos em seu país. O colombiano negou as acusações.
Essa não foi a primeira vez que Trump falou sobre possíveis ataques terrestres contra cartéis. Na semana passada, o presidente disse que estava estudando essa possibilidade.
Enquanto isso, segundo a imprensa americana, autoridades da Casa Branca afirmam que o governo está montando uma ação que teria como objetivo final derrubar o governo Maduro, na Venezuela.
Ao lado de Trump, o secretário de Guerra, Pete Hegseth, afirmou que os militares americanos irão caçar e matar todos os “terroristas” que traficam drogas para os Estados Unidos.
“Estas são organizações terroristas estrangeiras designadas. São o Estado Islâmico e a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental. Nossa mensagem para essas organizações terroristas estrangeiras é: trataremos vocês como tratamos a Al-Qaeda.”
Ainda na coletiva de imprensa, Trump negou que os Estados Unidos tenham enviados bombardeiros para a costa da Venezuela. Mais cedo, o jornal “The Wall Street Journal” reportou que aeronaves supersônicas realizarem uma “demonstração de ataque” perto da costa sul-americana.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante fala sobre cartéis em 23 de outubro de 2025
REUTERS/Jonathan Ernst
Bombardeios contra barcos
No início desta semana, ao ser questionado sobre se os EUA têm autoridade para bombardear embarcações em águas internacionais, Trump respondeu que sim. O presidente justificou as ações afirmando que 300 mil pessoas morrem nos EUA por ano por problemas relacionados às drogas.
Ele disse que os ataques no mar farão com que os traficantes passem a agir por terra — e que, nesse caso, ordenará ações terrestres com o aval do Congresso.
“Nós vamos atingi-los muito forte quando eles vierem por terra. E provavelmente iremos ao Congresso e explicaremos exatamente o que estamos fazendo, quando chegarmos por terra.”
A presença militar americana no Caribe inclui ainda destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6,5 mil militares.
Nas últimas semanas, as ofensivas americanas foram criticadas por analistas. Na terça-feira (21), um grupo independente de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que os bombardeios violam o direito internacional e constituem execuções extrajudiciais.
O grupo, nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos, disse que os ataques violam a soberania do país sul-americano e as “obrigações internacionais fundamentais” dos EUA de não intervir em assuntos domésticos ou ameaçar usar força armada contra outro país.
Apesar da justificativa de Trump de combater o tráfico de drogas, os especialistas apontam que “mesmo que tais alegações fossem comprovadas, o uso de força letal em águas internacionais sem base legal adequada viola o direito internacional do mar e equivale a execuções extrajudiciais”.
“Esses movimentos são uma escalada extremamente perigosa com graves implicações para a paz e a segurança na região do Caribe”, disseram eles em um comunicado.
O grupo afirmou ter entrado em contato com os EUA sobre o assunto e disse que uma ação militar secreta ou direta contra outro Estado soberano constituiria “uma violação ainda mais grave” da Carta da ONU.
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