Quem era Charlie Kirk, ativista conservador morto nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (10) que o país vive um momento sombrio. Ao comentar o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, o republicano culpou a esquerda radical pela violência política nos EUA.
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Kirk foi baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley. Duas pessoas chegaram a ser detidas, mas foram liberadas pelas autoridades. O FBI investiga o caso.
O ativista conservador tinha 31 anos e era próximo de Trump. Ele era considerado uma das principais vozes da direita americana e tinha forte influência entre jovens. Veja mais abaixo.
Trump divulgou um pronunciamento nas redes sociais sobre a morte de Kirk. O presidente abriu o discurso afirmando que estava “tomado pela dor e pela raiva” e disse que os americanos estão “em choque e terror”.
“Ele lutou pela liberdade, pela democracia, pela justiça e pelo povo americano. Ele é um mártir da verdade e da liberdade, e nunca houve alguém tão respeitado pela juventude”, afirmou.
Em seguida, Trump disse que a violência política e o assassinato de Kirk são resultados da demonização daqueles “com quem você discorda” de forma “odiosa e desprezível”.
“Durante anos, os radicais de esquerda compararam americanos maravilhosos como Charlie a nazistas e aos piores assassinos em massa e criminosos do mundo. Esse tipo de retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que estamos vendo em nosso país hoje, e isso precisa parar imediatamente.”
Trump também comparou o assassinato de Kirk ao atentado que sofreu durante um comício na Pensilvânia, em julho de 2024. Ele prometeu que o governo vai encontrar os responsáveis pelo crime e por outros atos de violência política.
“A violência política da esquerda radical já feriu pessoas inocentes demais e tirou vidas demais”, acrescentou.
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Kirk estava participando de um evento na Universidade Utah Valley quando foi baleado. A aparição desta quarta-feira era a primeira de uma turnê que passaria por 15 instituições de ensino americanas.
Antes de ser baleado, Kirk estava sentado no que ele chama de mesa “Me prove que estou errado” para responder às perguntas da plateia.
Uma gravação registrou o exato momento em que Kirk foi baleado. O vídeo foi compartilhado pela deputada republicana Marjorie Taylor Greene.
Nas imagens, Kirk aparece sentado em uma tenda, discursando para uma grande multidão ao ar livre, quando um barulho de tiro é ouvido. O ativista, então, tombou da cadeira. Ao perceber o ocorrido, várias pessoas correram.
Segundo a universidade, Kirk foi levado ao hospital por seguranças particulares e passou por uma cirurgia. Cerca de uma hora depois, Trump confirmou a morte do ativista em uma rede social.
A presença de Kirk na universidade dividiu opiniões. Uma petição online reuniu quase 1.000 assinaturas para que ele não fosse à instituição.
Apesar disso, a universidade manteve o evento, citando a Primeira Emenda e seu “compromisso com a liberdade de expressão, a investigação intelectual e o diálogo construtivo”.
Embora o motivo do ataque seja desconhecido, os EUA atravessam o período mais prolongado de violência política desde a década de 1970, segundo a Reuters. A agência documentou mais de 300 casos de atos violentos motivados politicamente desde que apoiadores de Trump atacaram o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
Quem foi Charlie Kirk?
Charlie Kirk, ativista conservador, discursa pouco antes de ser baleado em Utah, em 10 de setembro de 2025
Tess Crowley/The Deseret News vía AP
Kirk era fundador do grupo estudantil conservador Turning Point USA e teve papel central na mobilização do apoio jovem a Trump nas campanhas presidenciais de 2016 e 2024. Seus eventos em universidades de todo o país costumavam atrair grandes multidões.
O Turning Point USA é uma organização sem fins lucrativos presente em mais de 3.500 escolas e universidades nos 50 estados americanos.
Kirk começou a se interessar pelo conservadorismo ainda no ensino médio, quando descobriu Rush Limbaugh, considerado uma das principais vozes conservadoras do rádio. Aos 18 anos, após ser rejeitado pela Academia Militar de West Point, ele decidiu não cursar a universidade e fundou a Turning Point.
Em seus discursos, Kirk se apresentava como defensor de valores cristãos, do livre mercado e alinhado ao movimento Make America Great Again (MAGA) — ou “Faça a América Grande Outra Vez”. Ele também era defensor de armas, duvidava do aquecimento global e era crítico da esquerda.
Em 2016, a Turning Point decidiu apoiar a candidatura de Donald Trump. Na época, Kirk passou a atuar como assessor pessoal de Donald Trump Jr., filho do atual presidente, integrando assim o círculo próximo da família Trump.
Após a vitória republicana nas eleições de 2016, Kirk se tornou presença constante na Casa Branca e ganhou destaque na mídia, envolvendo-se também em polêmicas. Durante a pandemia, o perfil dele no antigo Twitter foi suspenso por divulgar informações falsas sobre a Covid-19.
Em 2020, Kirk questionou o resultado das eleições que deram a vitória a Joe Biden sobre Trump. Em janeiro do ano seguinte, ele ajudou a enviar ônibus com manifestantes a Washington no mesmo dia da invasão do Capitólio. Apesar disso, não esteve entre os investigados.
Já em 2023, segundo a revista Newsweek, Kirk afirmou que valia a pena “arcar com o custo” de “algumas mortes” para manter o direito ao porte de armas de fogo nos EUA. A declaração foi feita uma semana após um tiroteio em uma escola que deixou seis mortos, incluindo crianças.
Enquanto isso, em universidades e escolas, Kirk influenciava pais e estudantes a denunciarem professores que, segundo ele, promoviam o “marxismo” e a “ideologia de gênero”.
Além do ativismo, Kirk era autor de livros como Campus Battlefield, The MAGA Doctrine e The College Scam: How America’s Universities Are Bankrupting and Brainwashing Away The Future Of America’s Youth.
Ele também apresentava o programa de rádio The Charlie Kirk Show, transmitido nacionalmente, e mantinha um podcast de grande audiência. O público combinado de suas redes sociais ultrapassava 14 milhões de seguidores.
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Kirk foi baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley. Duas pessoas chegaram a ser detidas, mas foram liberadas pelas autoridades. O FBI investiga o caso.
O ativista conservador tinha 31 anos e era próximo de Trump. Ele era considerado uma das principais vozes da direita americana e tinha forte influência entre jovens. Veja mais abaixo.
Trump divulgou um pronunciamento nas redes sociais sobre a morte de Kirk. O presidente abriu o discurso afirmando que estava “tomado pela dor e pela raiva” e disse que os americanos estão “em choque e terror”.
“Ele lutou pela liberdade, pela democracia, pela justiça e pelo povo americano. Ele é um mártir da verdade e da liberdade, e nunca houve alguém tão respeitado pela juventude”, afirmou.
Em seguida, Trump disse que a violência política e o assassinato de Kirk são resultados da demonização daqueles “com quem você discorda” de forma “odiosa e desprezível”.
“Durante anos, os radicais de esquerda compararam americanos maravilhosos como Charlie a nazistas e aos piores assassinos em massa e criminosos do mundo. Esse tipo de retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que estamos vendo em nosso país hoje, e isso precisa parar imediatamente.”
Trump também comparou o assassinato de Kirk ao atentado que sofreu durante um comício na Pensilvânia, em julho de 2024. Ele prometeu que o governo vai encontrar os responsáveis pelo crime e por outros atos de violência política.
“A violência política da esquerda radical já feriu pessoas inocentes demais e tirou vidas demais”, acrescentou.
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Antes de ser baleado, Kirk estava sentado no que ele chama de mesa “Me prove que estou errado” para responder às perguntas da plateia.
Uma gravação registrou o exato momento em que Kirk foi baleado. O vídeo foi compartilhado pela deputada republicana Marjorie Taylor Greene.
Nas imagens, Kirk aparece sentado em uma tenda, discursando para uma grande multidão ao ar livre, quando um barulho de tiro é ouvido. O ativista, então, tombou da cadeira. Ao perceber o ocorrido, várias pessoas correram.
Segundo a universidade, Kirk foi levado ao hospital por seguranças particulares e passou por uma cirurgia. Cerca de uma hora depois, Trump confirmou a morte do ativista em uma rede social.
A presença de Kirk na universidade dividiu opiniões. Uma petição online reuniu quase 1.000 assinaturas para que ele não fosse à instituição.
Apesar disso, a universidade manteve o evento, citando a Primeira Emenda e seu “compromisso com a liberdade de expressão, a investigação intelectual e o diálogo construtivo”.
Embora o motivo do ataque seja desconhecido, os EUA atravessam o período mais prolongado de violência política desde a década de 1970, segundo a Reuters. A agência documentou mais de 300 casos de atos violentos motivados politicamente desde que apoiadores de Trump atacaram o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
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Tess Crowley/The Deseret News vía AP
Kirk era fundador do grupo estudantil conservador Turning Point USA e teve papel central na mobilização do apoio jovem a Trump nas campanhas presidenciais de 2016 e 2024. Seus eventos em universidades de todo o país costumavam atrair grandes multidões.
O Turning Point USA é uma organização sem fins lucrativos presente em mais de 3.500 escolas e universidades nos 50 estados americanos.
Kirk começou a se interessar pelo conservadorismo ainda no ensino médio, quando descobriu Rush Limbaugh, considerado uma das principais vozes conservadoras do rádio. Aos 18 anos, após ser rejeitado pela Academia Militar de West Point, ele decidiu não cursar a universidade e fundou a Turning Point.
Em seus discursos, Kirk se apresentava como defensor de valores cristãos, do livre mercado e alinhado ao movimento Make America Great Again (MAGA) — ou “Faça a América Grande Outra Vez”. Ele também era defensor de armas, duvidava do aquecimento global e era crítico da esquerda.
Em 2016, a Turning Point decidiu apoiar a candidatura de Donald Trump. Na época, Kirk passou a atuar como assessor pessoal de Donald Trump Jr., filho do atual presidente, integrando assim o círculo próximo da família Trump.
Após a vitória republicana nas eleições de 2016, Kirk se tornou presença constante na Casa Branca e ganhou destaque na mídia, envolvendo-se também em polêmicas. Durante a pandemia, o perfil dele no antigo Twitter foi suspenso por divulgar informações falsas sobre a Covid-19.
Em 2020, Kirk questionou o resultado das eleições que deram a vitória a Joe Biden sobre Trump. Em janeiro do ano seguinte, ele ajudou a enviar ônibus com manifestantes a Washington no mesmo dia da invasão do Capitólio. Apesar disso, não esteve entre os investigados.
Já em 2023, segundo a revista Newsweek, Kirk afirmou que valia a pena “arcar com o custo” de “algumas mortes” para manter o direito ao porte de armas de fogo nos EUA. A declaração foi feita uma semana após um tiroteio em uma escola que deixou seis mortos, incluindo crianças.
Enquanto isso, em universidades e escolas, Kirk influenciava pais e estudantes a denunciarem professores que, segundo ele, promoviam o “marxismo” e a “ideologia de gênero”.
Além do ativismo, Kirk era autor de livros como Campus Battlefield, The MAGA Doctrine e The College Scam: How America’s Universities Are Bankrupting and Brainwashing Away The Future Of America’s Youth.
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